sábado, 16 de junho de 2012

Max Weber - Ciência Política - Resumo


 Max Weber

O Weber e o Marx não são da área de Ciências Políticas. Eles são da sociologia. Só que tudo o será visto aqui não tem nada a ver com a sociologia, no máximo as três formas de Dominação, a Carismática e a Tradicional Legal.
Weber faz uma análise sociológica propriamente dita sobre a formação de estado, não como ele se formou como ele deveria ser segundo a visão de alguns autores, mas como ele se deu historicamente a formação do estado.
Formação do Estado Moderno: Hobbes dizia que no estado Moderno, apesar de se usar da revolução francesa como sendo uma principal formação do Estado moderno.
Weber vai falar que existem dois tipos de estados, os estamentais e os centralizados, como posso diferenciá-los? Pensando no Feudalismo e no Estado Moderno, e eles, respectivamente, representariam o Estado Estamental e o Estado Moderno.
Diferença básica entre Feudalismo e Estado Moderno (Formação) para Weber:
└> Feudalismo: A lei não era a mesma para todos, sendo que variava de Feudo para Feudo essas leis. Quem ditava as regras, vulgo Leis, era os senhores das terras. Na verdade o que Weber vai dizer sobre esses Estados Estamentais é que o Poder privado é também Poder público. Essas duas coisas estão misturadas. No feudo quem diziam como as coisas funcionavam eram as pessoas que tinham mais poderes (ou seja, os mais ricos), mas se alguém fosse pego indo contra as regras, a pena era variável, como já dito, de feudo para feudo. Estado todo descentralizado.
└> Estado Moderno (Centralizado): Ou seja, o Estado que detém o poder administrativo, Econômico, Militar e Jurídico. O processo de Modernização do Estado, portanto, para Weber, começou com a reunião dos poderes nas mãos do Rei. Começamos a formar um Estado Moderno quando o Rei começou a brigar com os nobres para que o poder fosse todo dele, para centralizar tanto a administração quanto o direito, quanto à economia etc. Isso causou conflito, pois os nobres que antes detinham o poder não iriam ceder, simplesmente, o poder deles, abdicando-se de seus privilégios, mas mesmo assim, o rei ganhou essa briga. Para Weber isso é importante, pois toda história tem uma escolha e uma possibilidade, ela nunca acontece sem essas características e isso se concretiza com a briga dos reis pela centralização de todos os poderes. (resumidamente isso foi o Estado moderno).
Weber vai mostra que na verdade o processo político de formação do Estado Moderno foi o processo de centralizações dessas decisões. Hoje o Estado detém o monopólio total da administração publica, do direito da economia, menos no caso do liberalismo, e por fim o exército (sendo que todos eles são todos do Estado).
O que ele vai fazer é discutir é quais foram as classes sociais que foram interferindo nessa formação do Estado Moderno, isso tem a ver com o tipo ideal de governo. Sendo que o Tipo Ideal do Weber na verdade é um método, que ele vai utilizar para analisar a realidade. Ele acha que é impossível nós descrevermos a realidade plenamente.
Qual a diferença básica entre Weber, Marx e Durkheim?
Durkheim dizia que os estados sociais existem, são exteriores a gente e nós podemos olhar eles e basta olharmos e descrevermos que estamos dizendo uma coisa que é uma verdade. Essa é a discrição dos fatos sociais para Durkheim.
Marx dizia que quando olhamos para a realidade, não conseguimos descrever ela não, porque para o Marx a realidade só é possível de ser compreendida quando agente elabora ela na teoria. Ou seja, se olharmos as relações de produção, nunca iremos intender a exploração do trabalhador pelo burguês. Ele vai dizer que para intendermos a realidade, é preciso ir para a teoria.
Weber dizia que é impossível entender a realidade. A gente não entende a realidade, somente a interpretamos e o tipo ideal é a metodologia que o Weber usa para interpretar essa realidade do que ele acha que simplesmente não dá para a gente descrever. E essa metodologia consiste em esperarmos da história aquilo que deveria ser, embora quando se chega na hora o que havia sido planejado nunca sai de forma precisa. Ex. Revolução Francesa, onde era para todos serem iguais, mas deu no que deu. Então Weber vai dizer que sempre existirá um buraco entre aquilo que se imagina e aquilo que existe (ou seja, a realidade sociológica). Resumidamente ele faz a analise daquilo que deveria ser e daquilo que realmente é.
Capitalista é aquele que trabalha unicamente para acumular riquezas, é aquele que vive para ganhar dinheiro e não o contrário. Antes as pessoas trabalhavam para comprar as coisas das quais necessitava, agora, com o capitalismo, é dito que a pessoa não pode parar de trabalhar, transformando a vida em um processo para acumular dinheiro. E isso é uma ética, em que Weber dizia que se todo mundo trabalhar, toda a sociedade vai viver muito melhor.
A grande maioria das pessoas não é capitalista, ou seja, não ficamos investindo todo o dinheiro que recebemos, e sim o gastamos. Rico capitalista só guarda e o capitalista só investe, é aquele cara que produz. O tipo Ideal de capitalista é aquele que não disfruta dos frutos do trabalho dele, é como que se ele gasta-se aquilo que conseguiu fosse um pecado.
O Weber falava que o capitalista criou o mundo para ser assim (não gastando em nada) só que o mundo não é do jeito que ele criou. O mundo não é como ele criou porque as pessoas não sucumbem à ética do capitalismo, as pessoas não querem isso, e elas veem o capitalista como algo bobo.  
O Tipo Ideal para Weber é uma imagem que ele projeta do que seriam as coisas se elas fossem perfeitas. Quando ele descreve o espírito do capitalista, ele provavelmente não diz que não existe ninguém no mundo que seja daquele jeito, mas o capitalista ideal e perfeito seria daquele jeito que ele descreve.
O que ele vai fazer em grande medida é descrever os Grupos Sociais que foram importantes ou que tiveram influência na formação do Estado moderno, sendo eles aqueles postos abaixo, e o Weber vai falar que nessa disputa, não era um rei sozinho, mas sim um processo que passou por uma briga que teve vários grupos sociais que influenciaram esse processo. Isso são os tipos ideais:
·         Clero – Vivemos em uma sociedade em que tudo é baseado nas escritas, e isso se deve muito as igrejas, pois quem registrava tudo por escrito era a igreja. Quase todo mundo na idade média era analfabeto inclusive os nobres. Os únicos alfabetizados eram os padres e alfabetizados em latim. No processo de transformação com o Estado Moderno, o clero se aliou ao rei, tanto que o rei absolutista era católico e com relação absoluta ligada com a igreja. Então Weber vai dizer que nós pegamos essa mania escrita da Igreja, onde tudo deve ser documentado, tudo deve ser escrito.  
·         Letrados de Formação humanística – São na verdade aquela história de que temos uma influência muito grande da Grécia e de Roma. Se formos pensar, sempre aprendemos tudo pela linha do tempo começando na Grécia, depois ocorre umas guerras evolui para a Roma onde toda a cultura ocidental é formada, depois vem a Idade Média onde algo se rompe entre Grécia e Roma que é denominado o período da Idade das Trevas, pois é uma falha nessa linha do tempo, vem o século das luzes ou seja Grécia e Roma “unem-se” novamente, mas voltando ao assunto principal, a formação humanística Greco-romana, é a formação que Weber vai falar que influenciou horrores na formação do Estado moderno por causa da Racionalidade, ou seja, era contra qualquer forma de explicação do mundo encantado (que não usa a racionalidade como ferramenta) e falava que a razão era a única coisa que poderia salvar o homem de todos os males e a ciência fazia com que o homem se livra-se de toda a dor que homem possa sentir. Hoje em dia não é bem assim. Apoiaram em grande medida o processo de centralização criando universidades etc.
·         Pequena Nobreza – Weber fala que o Rei só conseguiu força, do ponto de vista militar (sendo que os experimentos eram todos particulares), porque existia uma pequena nobreza era oprimida pela grande Nobreza e essa pequena Nobreza se aliou muito ao Rei, então existe um apoio muito Grande de pessoas que na verdade eram escoladas por esses nobres e essa pequena nobreza também foi fundamental para criar esse estado. Como o poder está todo dividido entre os nobres, o rei conseguiu força para brigar com eles por causa desses pequenos nobres, pois a briga do rei não era com todos os nobres e sim com os grandes nobres. A pequena nobreza apoiou ele, porque ela era oprimida pela grande nobreza, dependendo sempre dela. Ou seja, se não tivesse a Pequena Nobreza, o Rei não teria conseguido brigar sozinho.
·         Juristas – é a grande figura do Estado Moderno, Weber faz uma analise sobre a Revolução Francesa em que há um monte de burguês. Ele vai olhar e falar que numericamente, tinha mais jurista do que qualquer outra coisa, na verdade, a formação do Estado Moderno se de deve em grande medida aos Juristas é o direito que foi brigando parta construir o modelo de Estado que é passional legal. Toda essa forma de dominar como é dito com base na lei não foi uma coisa criada pelo burguês, foi criada pelos Juristas e o Weber vai desmistificar um pouco a ideia de que quem criou isso foi a burguesia, isso a ajudou muito, mas foi a intenção dos Juristas mesmo. Papel Fundamental na formação do Estado Moderno. Weber vai falar da questão da oratória, em que o Jurista tem o que precisa ter para ter um espaço maior hoje, que é a oratória. E como um Jurista tem a oratória, em grande medida esse modelo de Estado foi formado pelo jurista é um modelo que pressupõem a necessidade da oratória que eles mesmo produzem, e o resultado disso é que no mundo lá fora, onde tem Estado Moderno, está cheio de Jurista no Poder, sendo o Brasil um grande exemplo disso.
·         Jornalistas – Weber fala que os jornalistas são causa e consequência do surgimento do Estado Moderno. Eles nasceram por causa da modernização e eles também foram responsáveis por possibilitar essa modernização. No sentido de que uma das questões principais do Estado Centralizado era a divulgação de decisões. Não só isso, além de divulgar as decisões, ainda fazia criticas a elas e graças a isso o estado se desenvolveu.
·         Funcionários do Partido –


Esses Grupos todos por tanto, e é isso que vai levar ele a escrever esse texto, foram fundamentais para ir formando e criando essa estrutura moderna que é o estado. Essa estrutura que é o Estado, é uma forma específica de fazer política. Ele diz que é por causa desse grupos que deu no que deu.
·         O que é específico no momento? - quando ele fala do capitalismo ele diz: oque é que diferencia o sistema de produção capitalista de todos os outros sistemas. Ele perguntará: é o gosto de enriquecer por dinheiro? E a reposta será negativa, pois em toda a história se viu várias pessoas gananciosas, tanto que a igreja interfere quanto a essa questão. Resumidamente a 1ª pergunta é uma tentativa de como se interpretar uma sociedade. Ou seja, se apegar as diferenças entre cada sociedade.
Ele vai falar sobre o território, onde não existia ideia de território que temos hoje, como por exemplo as fronteiras. Antigamente as pessoas brigavam por ter sangue francês, alemão russo etc. hoje brigamos pelo local onde o Estado se encontra que é denominado território.
“O monopólio do uso legitimo da violência física dentro de um território.” – Isso significa: Eu não posso socar ninguém a não ser que seja em legítima defesa, mas o estado pode fazer o que quiser com a gente, inclusive usar a violência para alcançar os seus objetivos.
Aula 2
Weber tenta explicar a pergunta: O que é ter vocação para a política? Logo essa pergunta gera outras como: Qual é o espaço da política hoje?
A essas perguntas, ele faz referencia a política do espaço público, e quando falamos em política hoje, falamos em estado, quer dizer, fazer política hoje,  em alguma medida é atuar no estado, e o que  Weber vai dizer é que quando as pessoas fazem políticas, falamos que elas estão em alguma medida brigando pra deter o monopólio do uso legítimo da violência física dentro de um território. O que o Estado Moderno fez foi centralizar e entregar o monopólio do poder, portanto, para o Estado.
O Estado Moderno se tornou um Estado centralizado e impessoal. Não interessando as pessoas que guiam o Estado e sim as atitudes tomadas por essas pessoas, ou seja, se o que ela está fazendo esta certo, se está surtindo ou não efeito. Havendo assim uma burocratização das coisas, um desencantamento do mundo, onde deixamos de nos preocupar com as pessoas e com os valores.
O Estado é um grande centro de organização das relações burocratizadas entre as pessoas, sendo que as outras relações não importam para o Estado, pois são de ordem pessoal, de ordem privada.
A ideia do Weber, portanto é que nós criamos uma organização racional porque o Estado não existe, o Estado não é alguém e sim uma pessoa jurídica. Nós criamos toda essa organização em que as pessoas ocupam cargos, mas toda essa organização, domina na verdade o nosso dia a dia, ou seja, o que o Estado faz na verdade é organizar a dominação. E ai permitimos com isso que diversas pessoas em diversos lugares e de diversas origens ocupem os lugares e os postos principais desse aparelho burocrático nacional que nós criamos. E quando essas pessoas estão ocupando esses postos, elas podem mandar tanto no órgão quanto na máquina do poder. Os políticos são as pessoas que se dedicam a ocupar esses postos. Com isso, Weber vai falar que o Estado Moderno profissionalizou a política e que com esse Estado Moderno, pela primeira vez, deixamos de viver para a política e passamos a viver da politica (não há referencias a corrupção).
O Weber acha isso bom porque para viver da politica e para fazê-la você deve ser rico. Se você tem uma sociedade de gente que vive para a política, só vai viver para política quem tem alguém trabalhando para sustentar. Como a pessoa vai sobreviver para fazer política sem ter o que comer? Resposta obvia, não vai. Ele vai associar isso a universalização da política, onde qualquer um pode ser um político, porque poderíamos assim, viver da política.
Mas se todos podem fazer política nasce um conflito que é diferenciado, sendo eles ciência e política. Ele vai falar que essa organização criou três tipos de funcionários diferentes, o técnico e o politico, sendo que o técnico que, aliás, é burocrata, é um cara que conhece e o político é o cara que escolhe. E o que Weber tenta mostrar é que sabendo escolher, e conhecer alguma coisa são duas coisas diferentes. Exemplo dado pela professora sobre a enchente e as pontes, onde um técnico dá as opções e o politico faz as escolhas. O que Weber tenta mostrar é que o político precisa de um bom corpo técnico, porque o técnico ruim vai construir algo pelo dobro ou triplo do preço, mas a decisão final é do político.
Resumindo, a ciência não nos permite escolher. Tem-se o conhecimento, mas não se pode escolher, já o político não tem o conhecimento, mas é ele que escolhe. Entretanto, o fato de saber qual escolher não quer dizer que estaríamos sempre certos, pois não se tem o conhecimento completo da vida, a ciência não nos permite conhecer a vida, e sim sobre as coisas.
Weber fala algo sobre médicos, onde na faculdade eles encontram as questões: Deve-se preservar a vida ou reduzir o sofrimento? E ele aprende a fazer as duas coisas, quais remédios aplicar, que alimentos impor e tudo o que for preciso para prolongar a vida, mas ele também sabe o que é preciso para reduzir o sofrimento, o que ele terá que dar para fazer tal coisa (eutanásia).
O problema que Weber vai mostrar é quando os técnicos se usam daquilo que sabem para ter poder, sendo que se deve tratar com pessoas que não tem conhecimento algum sobre o assunto.
 O Weber faz uma critica ao Estado Alemão porque ele vai falar que o problema da Alemanha é que os burocratas ocupam cargos políticos e eles não têm legitimidade para isso. (Professora e não Weber a partir de agora à) Mas o contrato também é muito complicado, quando você tem ao invés da Alemanha político ocupando cargo técnico, a ponte cai, pois não são supridas as necessidades básicas do Estado, ou seja, não se pode misturar as funções.
As pessoas votam em alguns deputados porque eles trazem, geralmente, resultados, ou seja, trazem algo positivo para o povo, algo que mude a perspectiva das pessoas.



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