Max Weber
O
Weber e o Marx não são da área de Ciências Políticas. Eles são da sociologia.
Só que tudo o será visto aqui não tem nada a ver com a sociologia, no máximo as
três formas de Dominação, a Carismática e a Tradicional Legal.
Weber
faz uma análise sociológica propriamente dita sobre a formação de estado, não
como ele se formou como ele deveria ser segundo a visão de alguns autores, mas como
ele se deu historicamente a formação do estado.
Formação
do Estado Moderno: Hobbes dizia que no estado Moderno, apesar de se usar da
revolução francesa como sendo uma principal formação do Estado moderno.
Weber
vai falar que existem dois tipos de estados, os estamentais e os centralizados,
como posso diferenciá-los? Pensando no Feudalismo e no Estado Moderno, e eles,
respectivamente, representariam o Estado Estamental e o Estado Moderno.
Diferença
básica entre Feudalismo e Estado Moderno (Formação) para Weber:
└>
Feudalismo: A lei não era a mesma
para todos, sendo que variava de Feudo para Feudo essas leis. Quem ditava as
regras, vulgo Leis, era os senhores das terras. Na verdade o que Weber vai
dizer sobre esses Estados Estamentais é que o Poder privado é também Poder
público. Essas duas coisas estão misturadas. No feudo quem diziam como as
coisas funcionavam eram as pessoas que tinham mais poderes (ou seja, os mais
ricos), mas se alguém fosse pego indo contra as regras, a pena era variável,
como já dito, de feudo para feudo. Estado todo descentralizado.
└>
Estado Moderno (Centralizado): Ou
seja, o Estado que detém o poder administrativo, Econômico, Militar e Jurídico.
O processo de Modernização do Estado, portanto, para Weber, começou com a
reunião dos poderes nas mãos do Rei. Começamos a formar um Estado Moderno
quando o Rei começou a brigar com os nobres para que o poder fosse todo dele,
para centralizar tanto a administração quanto o direito, quanto à economia etc.
Isso causou conflito, pois os nobres que antes detinham o poder não iriam
ceder, simplesmente, o poder deles, abdicando-se de seus privilégios, mas mesmo
assim, o rei ganhou essa briga. Para Weber isso é importante, pois toda
história tem uma escolha e uma possibilidade, ela nunca acontece sem essas
características e isso se concretiza com a briga dos reis pela centralização
de todos os poderes. (resumidamente isso foi o Estado moderno).
Weber
vai mostra que na verdade o processo político de formação do Estado Moderno foi
o processo de centralizações dessas decisões. Hoje o Estado detém o monopólio
total da administração publica, do direito da economia, menos no caso do
liberalismo, e por fim o exército (sendo que todos eles são
todos do Estado).
O
que ele vai fazer é discutir é quais foram as classes sociais que foram
interferindo nessa formação do Estado Moderno, isso tem a ver com o tipo ideal
de governo. Sendo que o Tipo Ideal do Weber na verdade é um método, que ele vai
utilizar para analisar a realidade. Ele acha que é impossível nós descrevermos
a realidade plenamente.
Qual
a diferença básica entre Weber, Marx e Durkheim?
Durkheim
dizia que os estados sociais existem, são exteriores a gente e nós podemos
olhar eles e basta olharmos e descrevermos que estamos dizendo uma coisa que é
uma verdade. Essa é a discrição dos fatos sociais para Durkheim.
Marx
dizia que quando olhamos para a realidade, não conseguimos descrever ela não,
porque para o Marx a realidade só é possível de ser compreendida quando agente elabora
ela na teoria. Ou seja, se olharmos as relações de produção, nunca iremos
intender a exploração do trabalhador pelo burguês. Ele vai dizer que para
intendermos a realidade, é preciso ir para a teoria.
Weber
dizia que é impossível entender a realidade. A gente não entende a realidade,
somente a interpretamos e o tipo ideal é a metodologia que o Weber usa para
interpretar essa realidade do que ele acha que simplesmente não dá para a gente
descrever. E essa metodologia consiste em esperarmos da história aquilo que
deveria ser, embora quando se chega na hora o que havia sido planejado nunca
sai de forma precisa. Ex. Revolução Francesa, onde era para todos serem iguais,
mas deu no que deu. Então Weber vai dizer que sempre existirá um buraco entre
aquilo que se imagina e aquilo que existe (ou seja, a realidade sociológica).
Resumidamente ele faz a analise daquilo que deveria ser e daquilo que realmente
é.
Capitalista
é aquele que trabalha unicamente para acumular riquezas, é aquele que vive para
ganhar dinheiro e não o contrário. Antes as pessoas trabalhavam para comprar as
coisas das quais necessitava, agora, com o capitalismo, é dito que a pessoa não
pode parar de trabalhar, transformando a vida em um processo para acumular
dinheiro. E isso é uma ética, em que Weber dizia que se todo mundo trabalhar,
toda a sociedade vai viver muito melhor.
A
grande maioria das pessoas não é capitalista, ou seja, não ficamos investindo
todo o dinheiro que recebemos, e sim o gastamos. Rico capitalista só guarda e o
capitalista só investe, é aquele cara que produz. O tipo Ideal de capitalista é
aquele que não disfruta dos frutos do trabalho dele, é como que se ele gasta-se
aquilo que conseguiu fosse um pecado.
O
Weber falava que o capitalista criou o mundo para ser assim (não gastando
em nada) só que o mundo não é do jeito que ele criou. O mundo não é como
ele criou porque as pessoas não sucumbem à ética do capitalismo, as pessoas não
querem isso, e elas veem o capitalista como algo bobo.
O
Tipo Ideal para Weber é uma imagem que ele projeta do que seriam as coisas se
elas fossem perfeitas. Quando ele descreve o espírito do capitalista, ele
provavelmente não diz que não existe ninguém no mundo que seja daquele jeito,
mas o capitalista ideal e perfeito seria daquele jeito que ele descreve.
O
que ele vai fazer em grande medida é descrever os Grupos Sociais que foram
importantes ou que tiveram influência na formação do Estado moderno, sendo eles
aqueles postos abaixo, e o Weber vai falar que nessa disputa, não era um rei
sozinho, mas sim um processo que passou por uma briga que teve vários grupos
sociais que influenciaram esse processo. Isso são os tipos ideais:
·
Clero
– Vivemos em uma sociedade em que tudo é baseado nas escritas, e isso se deve
muito as igrejas, pois quem registrava tudo por escrito era a igreja. Quase
todo mundo na idade média era analfabeto inclusive os nobres. Os únicos
alfabetizados eram os padres e alfabetizados em latim. No processo de
transformação com o Estado Moderno, o clero se aliou ao rei, tanto que o rei
absolutista era católico e com relação absoluta ligada com a igreja. Então
Weber vai dizer que nós pegamos essa mania escrita da Igreja, onde tudo deve
ser documentado, tudo deve ser escrito.
·
Letrados
de Formação humanística – São na verdade aquela história
de que temos uma influência muito grande da Grécia e de Roma. Se formos pensar,
sempre aprendemos tudo pela linha do tempo começando na Grécia, depois ocorre
umas guerras evolui para a Roma onde toda a cultura ocidental é formada, depois
vem a Idade Média onde algo se rompe entre Grécia e Roma que é denominado o
período da Idade das Trevas, pois é uma falha nessa linha do tempo, vem o
século das luzes ou seja Grécia e Roma “unem-se” novamente, mas voltando ao
assunto principal, a formação humanística Greco-romana, é a formação que Weber
vai falar que influenciou horrores na formação do Estado moderno por causa da
Racionalidade, ou seja, era contra qualquer forma de explicação do mundo
encantado (que não usa a racionalidade como ferramenta) e falava que a razão
era a única coisa que poderia salvar o homem de todos os males e a ciência
fazia com que o homem se livra-se de toda a dor que homem possa sentir. Hoje em
dia não é bem assim. Apoiaram em grande medida o processo de centralização criando
universidades etc.
·
Pequena
Nobreza – Weber fala que o Rei só conseguiu força, do ponto de
vista militar (sendo que os experimentos eram todos particulares), porque
existia uma pequena nobreza era oprimida pela grande Nobreza e essa pequena
Nobreza se aliou muito ao Rei, então existe um apoio muito Grande de pessoas
que na verdade eram escoladas por esses nobres e essa pequena nobreza também
foi fundamental para criar esse estado. Como o poder está todo dividido entre
os nobres, o rei conseguiu força para brigar com eles por causa desses pequenos
nobres, pois a briga do rei não era com todos os nobres e sim com os grandes
nobres. A pequena nobreza apoiou ele, porque ela era oprimida pela grande
nobreza, dependendo sempre dela. Ou seja, se não tivesse a Pequena Nobreza, o
Rei não teria conseguido brigar sozinho.
·
Juristas
– é
a grande figura do Estado Moderno, Weber faz uma analise sobre a Revolução
Francesa em que há um monte de burguês. Ele vai olhar e falar que
numericamente, tinha mais jurista do que qualquer outra coisa, na verdade, a
formação do Estado Moderno se de deve em grande medida aos Juristas é o direito
que foi brigando parta construir o modelo de Estado que é passional legal. Toda
essa forma de dominar como é dito com base na lei não foi uma coisa criada pelo
burguês, foi criada pelos Juristas e o Weber vai desmistificar um pouco a ideia
de que quem criou isso foi a burguesia, isso a ajudou muito, mas foi a intenção
dos Juristas mesmo. Papel Fundamental na formação do Estado Moderno. Weber vai
falar da questão da oratória, em que o Jurista tem o que precisa ter para ter
um espaço maior hoje, que é a oratória. E como um Jurista tem a oratória, em
grande medida esse modelo de Estado foi formado pelo jurista é um modelo que
pressupõem a necessidade da oratória que eles mesmo produzem, e o resultado
disso é que no mundo lá fora, onde tem Estado Moderno, está cheio de Jurista no
Poder, sendo o Brasil um grande exemplo disso.
·
Jornalistas
–
Weber fala que os jornalistas são causa e consequência do surgimento do Estado
Moderno. Eles nasceram por causa da modernização e eles também foram
responsáveis por possibilitar essa modernização. No sentido de que uma das
questões principais do Estado Centralizado era a divulgação de decisões. Não só
isso, além de divulgar as decisões, ainda fazia criticas a elas e graças a isso
o estado se desenvolveu.
·
Funcionários
do Partido –
Esses
Grupos todos por tanto, e é isso que vai levar ele a escrever esse texto, foram
fundamentais para ir formando e criando essa estrutura moderna que é o estado.
Essa estrutura que é o Estado, é uma forma específica de fazer política. Ele
diz que é por causa desse grupos que deu no que deu.
·
O que é específico no momento? - quando
ele fala do capitalismo ele diz: oque é que diferencia o sistema de produção
capitalista de todos os outros sistemas. Ele perguntará: é o gosto de
enriquecer por dinheiro? E a reposta será negativa, pois em toda a história se
viu várias pessoas gananciosas, tanto que a igreja interfere quanto a essa
questão. Resumidamente a 1ª pergunta é uma tentativa de como se interpretar uma
sociedade. Ou seja, se apegar as diferenças entre cada sociedade.
Ele
vai falar sobre o território, onde não existia ideia de território que temos
hoje, como por exemplo as fronteiras. Antigamente as pessoas brigavam por ter
sangue francês, alemão russo etc. hoje brigamos pelo local onde o Estado se
encontra que é denominado território.
“O monopólio do uso legitimo da
violência física dentro de um território.” – Isso significa: Eu não posso socar
ninguém a não ser que seja em legítima defesa, mas o estado pode fazer o que
quiser com a gente, inclusive usar a violência para alcançar os seus objetivos.
Aula 2
Weber
tenta explicar a pergunta: O que é ter vocação para a política? Logo essa
pergunta gera outras como: Qual é o espaço da política hoje?
A
essas perguntas, ele faz referencia a política do espaço público, e quando
falamos em política hoje, falamos em estado, quer dizer, fazer política
hoje, em alguma medida é atuar no
estado, e o que Weber vai dizer é que
quando as pessoas fazem políticas, falamos que elas estão em alguma medida
brigando pra deter o monopólio do uso legítimo da violência física dentro de um
território. O que o Estado Moderno fez foi centralizar e entregar o monopólio
do poder, portanto, para o Estado.
O
Estado Moderno se tornou um Estado centralizado e impessoal. Não interessando
as pessoas que guiam o Estado e sim as atitudes tomadas por essas pessoas, ou
seja, se o que ela está fazendo esta certo, se está surtindo ou não efeito.
Havendo assim uma burocratização das coisas, um desencantamento do mundo, onde
deixamos de nos preocupar com as pessoas e com os valores.
O
Estado é um grande centro de organização das relações burocratizadas entre as
pessoas, sendo que as outras relações não importam para o Estado, pois são de
ordem pessoal, de ordem privada.
A
ideia do Weber, portanto é que nós criamos uma organização racional porque o
Estado não existe, o Estado não é alguém e sim uma pessoa jurídica. Nós criamos
toda essa organização em que as pessoas ocupam cargos, mas toda essa
organização, domina na verdade o nosso dia a dia, ou seja, o que o Estado faz
na verdade é organizar a dominação. E ai permitimos com isso que diversas
pessoas em diversos lugares e de diversas origens ocupem os lugares e os postos
principais desse aparelho burocrático nacional que nós criamos. E quando essas
pessoas estão ocupando esses postos, elas podem mandar tanto no órgão quanto na
máquina do poder. Os políticos são as pessoas que se dedicam a ocupar esses
postos. Com isso, Weber vai falar que o Estado Moderno profissionalizou a
política e que com esse Estado Moderno, pela primeira vez, deixamos de viver para
a política e passamos a viver da politica (não há referencias a
corrupção).
O
Weber acha isso bom porque para viver da politica e para fazê-la você deve ser
rico. Se você tem uma sociedade de gente que vive para a política, só vai viver
para política quem tem alguém trabalhando para sustentar. Como a pessoa vai
sobreviver para fazer política sem ter o que comer? Resposta obvia, não vai.
Ele vai associar isso a universalização da política, onde qualquer um pode ser
um político, porque poderíamos assim, viver da política.
Mas
se todos podem fazer política nasce um conflito que é diferenciado, sendo eles
ciência e política. Ele vai falar que essa organização criou três tipos de
funcionários diferentes, o técnico e o politico, sendo que o técnico que,
aliás, é burocrata, é um cara que conhece e o político é o cara que escolhe. E
o que Weber tenta mostrar é que sabendo escolher, e conhecer alguma coisa são
duas coisas diferentes. Exemplo dado pela professora sobre a enchente e as
pontes, onde um técnico dá as opções e o politico faz as escolhas. O que Weber
tenta mostrar é que o político precisa de um bom corpo técnico, porque o
técnico ruim vai construir algo pelo dobro ou triplo do preço, mas a decisão
final é do político.
Resumindo,
a ciência não nos permite escolher. Tem-se o conhecimento, mas não se pode
escolher, já o político não tem o conhecimento, mas é ele que escolhe.
Entretanto, o fato de saber qual escolher não quer dizer que estaríamos sempre
certos, pois não se tem o conhecimento completo da vida, a ciência não nos
permite conhecer a vida, e sim sobre as coisas.
Weber
fala algo sobre médicos, onde na faculdade eles encontram as questões: Deve-se
preservar a vida ou reduzir o sofrimento? E ele aprende a fazer as duas coisas,
quais remédios aplicar, que alimentos impor e tudo o que for preciso para
prolongar a vida, mas ele também sabe o que é preciso para reduzir o
sofrimento, o que ele terá que dar para fazer tal coisa (eutanásia).
O
problema que Weber vai mostrar é quando os técnicos se usam daquilo que sabem
para ter poder, sendo que se deve tratar com pessoas que não tem conhecimento
algum sobre o assunto.
O Weber faz uma critica ao Estado Alemão
porque ele vai falar que o problema da Alemanha é que os burocratas ocupam
cargos políticos e eles não têm legitimidade para isso. (Professora e não Weber
a partir de agora à) Mas o contrato também é muito
complicado, quando você tem ao invés da Alemanha político ocupando cargo
técnico, a ponte cai, pois não são supridas as necessidades básicas do Estado,
ou seja, não se pode misturar as funções.
As
pessoas votam em alguns deputados porque eles trazem, geralmente, resultados,
ou seja, trazem algo positivo para o povo, algo que mude a perspectiva das
pessoas.
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