Michael
Foucault
Explicação
da pagina 5 a 8
É
notável que nessas páginas, ele mostra certo receio em falar, pois a primeira
coisa que causa medo seria o discurso e a segunda coisa que causa medo seria a
repercussão. Da pagina 5 a pagina 8 ele explica a intenção, o publico e o tempo
de que ele vai falar ao longo do livro.
Fichamento é
como estudar ao longo do livro, ou seja, temos que ir destacando o que cada
autor pensa e escreve, sabendo analisar a diferença entre eles.
Ele
faz a contextualização das paginas 5 a 8, sendo que ele conta nessa contextualização
que esse texto não é um livro, não é uma teoria, mas sim um discurso que ele
escreveu para contar o dia da aula inaugural, sendo que Foucault foi indicado
para substituir um professor dele que havia morrido e que dava aquela
determinada disciplina na faculdade mais importante de toda a França (Colégio
da França). E o professor que morreu se chamava Jean Hyppolite, sendo que na
aula inaugural dele todo o auditório estava lotado, com alunos de todos os
tipos de faculdade (filosofia, direito etc.) que queriam conhecer Foucault,
porque como historiador ele contribuiu com a pesquisa dele para toda a revisão
da mitologia dos historiadores de 1804. Pois havia na época uma revista que
questionava as verdades históricas de como elas eram constituídas.
O
método de se chegar à verdade, que ele estuda e propõem, é o que nos interessa.
Pois vamos passar a vida toda defendendo UMA verdade. A proposta dele é rever
reiteradamente, repetitivamente a história. O que no momento serve de prova
para conta-la. Não tem como estudarmos uma teoria se não tivermos como
aplica-la, porque ela também é só uma leitura.
Nessas
4 paginas Foucault explica emocionado, sabendo dos riscos e depois de ter sido
abominado na academia, ele é chamado para substituir esse falecido professor, sendo
que ele não foi convidado para substituir esse professor, mas sim foi indicado
para mostrar para todos que ele é “o cara”, o “bam-bam-bam” do assunto.
Quando falamos
em fichamento, fala-se em localizar a informação, escrever de forma resumida,
mas como se tivesse um título e citar as páginas.
Das
paginas 8 a 9 ele vai falar a tese
dele, ele termina esse tópico da pagina 8 dizendo: “ Mas, oque há, enfim, de
tão perigoso no fato de as pessoas falarem e de seus discursos proliferarem
indiretamente? Onde, afinal, está o perigo?” ou seja, do que é que eu tenho que
ter medo? Onde devo ter cautela/cuidado?
Resumindo,
ele parte do principio que falar causa repercussão e repercussão causa
problemas. Ai ela fala sobre o que aconteceu recentemente com o ex-presidente
Luís Inácio Lula da Silva, em que recentemente, ele, passou por um processo de
quimioterapia. O ex-ministro do STF foi visitar o Lula, sendo que o Gilmar
Mendes (atual presidente do STF) conversou com o Jobim que queria conversar com
o Lula e foi conversar com o mesmo (lembrando que o Gilmar Mendes não tem boas
relações com o Ex-Presidente). E é bem obvio que quando ele fez a visita para o
Ex-Presidente ele não falou sobre o timão, mas sim sobre o esquema do mensalão,
o qual Lula tem interesse. Ou seja, não daria para o ministro do STF fazer uma
visita ao presidente, pois a oposição tem muito interesse nesse assunto. Ai o
Nelson Jobim (amigo), para melhorar a situação fala: “Não, o ex-presidente Lula
não fez nenhum comentário, não fez pressão, para o mensalão não ser julgado”,
sendo que ninguém não tinha nem perguntado...
O
que é o objeto de discurso do Foucault?
Casos
possíveis construídos a partir de 2 coisas: Das práticas sociais pelos
enunciados (são as frases, as palavras, a parte verbal. É como se o discurso
tivesse duas partes, a falada/resumida e a prática social, ou seja, o jeito de
agir no mundo). Para o Foucault o mais
importante são os significados, ou seja, ele fala um negócio e se questiona do
que é que o outro vai entender a partir daquilo que “eu” falei, uma vez
falado cada um vai entender do jeito que quiser.
Mas
as pessoas vão se entender porque existe uma organização das interpretações de
modo que uma interpretação é valida e outra não, ou seja, para que eu acredite
que o Gilmar Mendes foi visitar Lula para falar sobre a sua saúde e sobre o timão,
para Foucault, a tese dele vai ser uma hipótese do lugar de onde eu vou falar
daqui para frente, tudo o que eu vou falar a partir de agora deve ser entendido
com base naquilo que eu vou falar agora.
“Eis a hipóteses que gostaria de apresentar esta
noite, para fixar o lugar - ou talvez o teatro muito provisório - do trabalho
que faço: suponho que em toda sociedade a produção do discurso é ao mesmo tempo
controlada; selecionada, organizada e redistribuída por certo número de
procedimentos que têm por função conjurar seus poderes e perigos, dominar seu
acontecimento aleatório, esquivar sua pesada e temível materialidade.”
Em todas as sociedades os discursos são controlados,
selecionados, organizados e distribuídos de um modo que as organizações de
poder manipulam, ou seja, a verdade da verdade não existe, o que existe é o que
dizem que existiu. Ela usa o exemplo da mulher que foi assassinada no bairro
Ahú, que não havia câmeras para documentar o que aconteceu, então ela diz que
para serem juntadas as provas, vai ser juntado aquilo que os policiais
perguntarem, por aquilo que vai permanecer nos autos, então, a ideia do
Foucault é de que todas as ideias e discursos são controlados, chegando a nós o
que o jornal, as rádios e a internet permitir.
Só
vai interpretar, não só como o texto disser, mas com as práticas sociais
também.
Resumindo,
o que ele disse nesse primeiro paragrafo que eu citei na folha anterior é que a tese dele é para aprender a transcrever
tempo. Ele apresenta categorias, mais precisamente ele vai falar que existem 2
grupos de procedimentos
·
Exclusão do Discurso – Proibir uma
ideia, descaracterizando/diminuindo essa ideia. Como? Com o processo de
desvalorização das ideias e procedimentos de validação das ideias. Como é um
procedimento de exclusão existem duas formas
è Procedimentos
Externos (culturais – as práticas sociais)
è Procedimentos
Internos (que acontecem pelas palavras, frases e textos).
Existem
no Procedimento Externo 4 tipos:
1. Interdição: tabu do objeto, ritual das
circunstâncias e direito privilegiado de quem fala.
2. Rejeição ou separação:
3.
Oposição
entre o verdadeiro e o falso à
Não tem uma mais ou menos ou é totalmente verdadeiro ou é falso.
4. Vontade de verdade
Para
o Foucault o argumento válido no estruturalismo é olhar para o texto e dizer “O
discurso tem 2 faces, usando-se da metáfora de uma bola, em que há um tipo de
controle interno no discurso e um tipo de controle que é externo, para provar
que a exclusão de controle nos discursos acontecem.
O mundo externo a bola é infinito,
já o que está dentro da bola seria algo finito. Ele vai falar que a face
interna do discurso é tudo aquilo que for feito por meio de palavras e vai
dizer que existem 3 tipos de controle, e na face externa tem 4 tipos de
controle, lembrando que cada tipo de controle tem que ter nome.
Existem 7 maneiras – 4 externas e 3
internas - de excluir/ invalidar/ desautorizar /de dar negativo as ideias e
existem 3 maneiras de validar o discurso. E ai ele faz a pergunta: “O que temos
que fazer para que nossas ideias sejam válidas? Como falar essas ideias? E esse
jeito, qual é?”.
Para demonstrar isso ele dizia que
primeiro tinha que fazer uma coisa chamada de atitude/ procedimento ele chama
de procedimentos/ atitudes/ atos/ comportamento porque é a ação do homem no
mundo e não só o uso da palavra.
A
primeira ideia é de que existe a exclusão por interdição (2º Paragrafo da pg.
9), a segunda ideia é de que existe exclusão por rejeição ou separação (2º
Paragrafo da pg. 10), a terceira ideia é de que existe exclusão por oposição
entre o verdadeiro e o falso (2º Paragrafo da pg. 13), a quarta ideia é de que
existe exclusão por vontade de verdade (1º Paragrafo da pg. 17).
Ele
diz que tem 3 situações que provocam a interdição que são:
·
Tabu do objeto
·
Ritual das circunstancias
·
Direito privilegiado ou exclusivo de
quem fala
Explicação
do 2º Paragrafo da pg. 9 à O objeto na academia é a mesma coisa
que o alvo, o tema, o conteúdo, o assunto. Ele diz que determinados conteúdos
são interditados, ou seja, proibidos de se falar. Em qual das circunstâncias (=
situação)? Variável, depende do lugar do assunto, depende de tudo, mas para
Foucault existiria o Direito privilegiado ou exclusivo de quem fala, que nada
mais é do que o próprio nome já diz, em que algumas pessoas podem falar sobre
determinado assunto e as outras não, ou seja, existe interdição e ela funciona
assim: Elas não podem falar sobre
determinados assuntos e acabo. Exemplo do autor:
à
Sexualidade e da política.
Ele
vai falar sobre esses dois assuntos que sofrem interdição, lembrando que ele
era dos anos 70, e ele tinha acabado de presenciar a revolução na França e ele
era homossexual. (O Lincoln tira sarro do nome do cara, todos riem e a
professora fala que é um nome comum e importante na França e fala que isso é um
direito privilegiado. Ela diz que quando somos jovens podemos dizer algumas
bobagens, porque não sabemos nada da vida e quando somos velhos também, porque
estamos ficando caducos). Ele vai dizer que interdição é a atitude social dos
grupos sociais de julgarem/ valorizarem/ interpretarem e de selecionar os
indivíduos conforme as suas ideias.
Foucault
fala da interdição não do ponto de vista Jurídico, interditar não é proibir
juridicamente, mas sim sobre Sexualidade e Política que só podem ser faladas em
determinadas circunstâncias. Ele diz que os significados/ as ideias/ os
discursos, eles acontecem APESAR do direito, APESAR das leis (lembre-se que não
tem nenhuma lei que proíba de assumir a sexualidade, no entanto existe uma
prática social que impede que as pessoas se manifestem publicamente), tanto
sobre a religião, quanto sobre a sexualidade etc.
Interdição é não
poder se manifestar.
Ninguém
diz que vai deixar de contratar uma pessoa por causa de algo que é contra, não
porque não existe uma lei política, mas sim porque existem leis sociais,
práticas sociais/ culturais humanas.
Ela
usa o exemplo do shopping em Salvador onde todas as atendentes eram brancas, em
Salvador e quem não era branca tinha a mesma característica de mulher branca.
No dia da seleção, todas as candidatas tiveram que passar por um exame bucal
(1º requisito de beleza), mas isso é claro que não teria nada a ver... Vamos
direto ao ponto, era caso de exclusão, uma realidade crua e nua, assim como não
se pode ter funkeiros, vileiros, maloqueiros dentro de shopping. É o segundo
claso de exclusão.
“Existe em nossa sociedade outro princípio de
exclusão: não mais a interdição, mas uma separação e uma rejeição. Penso
na oposição razão e loucura. Desde a alta Idade Média, o louco é aquele cujo
discurso não pode circular como o dos outro (você deixa o caboclo falar, mas nada do que ele fala é levado em
consideração): pode ocorrer que sua palavra seja considerada nula e não
seja acolhida, não tendo verdade nem importância, não podendo testemunhar na
justiça.”[1]
Resumindo, permitimos que os outros falem, mas não
em qualquer lugar.
Ai ela vai falar dos assassinatos, em que sempre tem
um espectador. Digamos que tenha ocorrido atrás do mercado e que as moças que
viram tudo o crime tenham ido depor. A primeira coisa que o advogado vai fazer
é desqualificar as provas/ testemunhas, ou seja, rejeita as provas.
Outro exemplo que ela deu foi o do Atleta que fazia
Direito. Quando ele chegava depois no treino na sala trajado com roupas leves
tipo esportivas, os professores logo rejeitavam dizendo que ele era uma pessoa
que não tinha afinco pela futura profissão, ele era atleta e ali não era o
lugar dele.
Foucault nada mais fez do que nomear todos os tipos
de exclusão. Hoje em dia, para se dizer que uma pessoa é louca, é preciso de um
laudo médico, dizendo que o cara é loco. O psiquiatra tem que atestar que o ser
é insano, considerando que ele não foi corrompido.
Outros dois tipos de Interdição:
Um dos que é menos perceptíveis que seria o
sentimento de que existe o verdadeiro e o falso. Na nossa racionalidade ou uma
coisa é, ou uma coisa não é, não existindo o meio termo. Tipo na Religião e na
política, mais n o Brasil principalmente na política, em que você vai votar ou
em um ou em outro, mas não tem como explicar claramente porque eu votei em um e
porque eu não votei no outro. Tenta mostrar o quanto é falso a existência ou só
de um verdadeiro ou só de um falso, mas isso quanto ao valores, do tipo ou o
cara é amigo ou ele não é. Quando se diz dessa forma dá para entender que se
ele faz isso, isso e aquilo ele não é meu amigo, da mesma forma que o
contrário.
O ser humano tem uma complexidade muito grande,
quando assistimos um filme e percebemos que tem alguns personagens mais
complexos, se puder ver se o cara é do bem ou do mal, as coisas ficam mais
fáceis, por causa do valor.
A Igreja do Diabo retrata sobre a relação de
Verdadeiro e Falso.
Organogramas
O
Foucault disse que o objeto de estudo da filosofia dele é o discurso, não
falando sobre a questão do tempo, ele não está pensando nos valores, ele não
esta pensando na concepção de estado como os outros filósofos que já estudamos.
O Discurso para ele é a enunciação, que ele faz com palavras mais as práticas
sócias (o agir das pessoas na vida), e ele vai dizer que discurso para ele são
os significados possíveis, já trabalhando com a ideia de que existem diversos
significados entre as pessoas. Ele se propõe a estudar como se constroem as
possibilidades de significação (o porquê de uma coisa significar isso e
aquilo).
Esses
significados desses discursos sofrem 4 situações (p.9 - 1º paragrafo), não
sendo aleatórios, mas sim tudo uma conjuração de poderes. Para o Foucault o
critério para a seleção, o critério para organização, o critério para escolher
as distribuições do discurso é a conjuração dos poderes. Conjurar é
literalmente modo como os grupos sócias, com as práticas sócias de diferentes
culturas (ele faz referencia principalmente ao ocidente) como ele organiza os
poderes de acordo com quem faz a seleção.
Na
conjuração, não existe a natureza que Darwin (seleção das espécies) falava
existir, as pessoas organizam, fazem seus grupos e são grupos de poder que
formam as hierarquias. Na filosofia do Foucault existem 2 palavras que estão na
base do significado, que são: a relação com os desejos (segundo Froyde seria
aquilo que gostaríamos de fazer) e o
poder (mais importante que o desejo porque aparece).
O
Primeiro desejo do Direito é o desejo de fazer a justiça (com J minúsculo por
ser sentimento), sendo uma relação de explicar os significados pelo poder pelos
discursos.
Ele
diz que formas de excluir (invalidar, desacreditar) e existem formas de validar
os discursos.
Exclusão
(4 tipos):
·
Pelas práticas sociais (procedimentos
externos)
·
Pela enunciação (por procedimentos
internos)
Atitudes
sociais:
è Interdição
(proibição) – mas não a interdição jurídica (ex.: é proibido matar), mas sim a
proibição social – práticas sociais. Acontecendo de acordo com o assunto (tabu
do objeto), depende da situação/ circunstância e depende da pessoa que fala ou
faz (direito privilegiado).
è Separação
– eu não proíbo de o cara falar as coisas, ela usa o exemplo de sexo em que não
se pode sair falando no meio da rua sobre esses assuntos, mas se for montado um
programa específico sobre isso, em um canal fechado depois das 10, é
perfeitamente normal. Ou seja, você deixa a pessoa em uma margem, uma situação
social em que ela não vai mudar a sociedade, por isso ela esta sendo excluída.
Não está interditado, mas sim separado. (ela vai para o ritual de validação).
Ou por exemplo o louco, em que ninguém da valor a palavra dele.
è Oposição entre o Verdadeiro e o
falso – O nosso raciocínio é assim: para que uma coisa
esteja certa, as outras coisas tem que estar erradas, não existindo meio
termo. Como o amor, não existe meio amor, os pecados, em que não se pode
cobiçar a mulher do outro etc. Só na matemática existe a meia verdade (4,1 -4,5
– etc), mas não nas palavras.
è Vontade de Verdade
– Não confundir vontade de verdade com psicanalise, ou seja, não confundir com
a realização do seu desejo, ainda que a vontade de verdade seja seu desejo, não
é assim que se faz. A vontade de verdade que ele intende é a realização daquilo
que você acredita, do jeito como você faz, mas não quando você faz sozinho como
indivíduo, porque se você fizer sozinho, tipo o Inri Cristo (aquele que aparece
no pânico), ninguém vai considerar como uma verdade, mas se uma editora começar
a publicar os livros dele e que outras pessoas acreditassem nele e abrissem uma
escola cristã ou Inri Cristiana, isso se torna verdade, pois a vontade de
verdade só se realiza por meio das instituições. A ideia de vontade de
verdade é individual, mas para se realizar ela precisa do suporte das instituições
(pg. 17 – 2º paragrafo).
Ele
fala também que para que algumas ideias fossem para frente, era preciso que
houvesse a marca do autor, ou seja, o nome do cara que proferiu tais palavras.
Em algumas áreas do conhecimentos, as verdades são feitas pela autoria, em
outras você não esta nem ai. Na ciência os autores pouco importam, na academia
isso, os nomes, são muito importantes, pois conforme você cita o autor, você
ganha ou perde o processo.
Validação
(3 tipos):
Ritual da Palavra
– Seria uma prática social, não sendo uma discussão sobre o que possa se falar
ou não, mas sim a própria existência da homossexualidade nas ruas. Como faz
para validar? Passa para o ritual da palavra. Como é a palavra dessa imagem?
Ela é uma prática social, então se você se coloca essa imagem (o beijo gay em
novela das 8) isso se torna valido (vira moda).
Pg.
38 em diante:
As sociedades dos Discursos - Muita
gente pensa a questão da punição, mas tem muita gente que pensa que tem que
reduzir a maioridade penal, e tem gente que acha que tem que aumentar. Ou seja,
isso é aderir a um grupo de pensamento dentro daquela sociedade do discurso.
Dentro da sociedade Jurídica há aquele que são favoráveis, inclusive, a pena de
morte. Ou seja, há doutrinas diferentes dentro da sociedade do discurso. O STF
é a melhor forma de olhar a sociedade do discurso, pois tem ministros que
pensam de um jeito e tem gente que pensa de outro, como foi o caso da farra do
boi, onde um defendia que era patrimônio da cultura e o outro dizia que era
tortura contra animais. Isso é doutrina, todos são doutos, onde você adere a
tese de um ou de outro.
Os Grupos Doutrinadores –
Validar
é: Criar/ perceber quais são as práticas sociais que permitem isso. Foucault
fala que dominar a palavra é uma das questões mais importantes em todas as
situações. Ele vai demonstrar que os rapsodos (não sei se é assim que se escreve), que eram os sábios os autores eram
o Stand UP Comedy de hoje, tendo que contar uma história em tempo determinado. Desde
sempre nas sociedades organizadas a ideia de como você fala é a ideia de como
você coloca as coisas.
A Igreja do Diabo - Comentário
Para
ser fiel de uma igreja, tem que se cumprir tudo, a risca, o que a igreja diz. É
isso o que ele diz na Igreja do Diabo. O que M. de Assis diz nesse texto não é
que Deus é bom, mas sim que o homem é complexo. Que o mesmo sujeito que hoje é
doente, pode sair por ai e dar um chute no cachorrinho da esquina, pois ficou
louco naquela hora e depois sai chorando, enfim, não precisa ser um
desiquilibrado para isso, mas a ideia é justamente essa, que o ser humano tem
uma complexidade muito grande.
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