sábado, 16 de junho de 2012

O Manifesto Comunista


O Manifesto Comunista

            A história de todas as sociedades até hoje existentes sempre tiveram uma relação entre opressores e oprimidos, a sociedade burguesa moderna não fez mais do que estabelecer novas classes, novas formas de repressão no lugar das que existiam no passado. O Marx e o Engels vão defender a ideia que eles são contrários à história de luta entre classes sociais diferentes que disputam a riqueza do que é produzida na sociedade burguesa.
            Quando a nossa história traz a realidade para a pessoa, não existia a propriedade privada, as pessoas viviam em um sistema comunista e a diferença de comunismo para capitalismo é que capitalismo é a propriedade do capital, e comunismo é a propriedade comum e eles vão dizer que quando a sociedade começou, vivíamos em uma sociedade comunista porque não havia propriedade. Nessa época o único tipo de distinção que existia era entre homens e mulheres, sendo que as mulheres tinham funções de trabalho diferente das do homem (ex.: mulheres cuidavam de casa e homens cuidavam da caça).
            O que começou a acontecer com essas sociedades, que a princípio eram todas comuns, foi que elas começaram a se dividir. E algumas dessas sociedades que se dividiram começaram a produzir riquezas e esse é um momento da história em que começa a haver uma reclusão de riqueza entre as propriedades, mas que todas as pessoas que pertenciam à sociedade tinham uma riqueza. As pessoas dessa época começaram a descobrir que a única forma de enriquecer era por meio do trabalho, não existindo outra forma, sem precisar ser do seu trabalho (servos e escravos), e ai começa a divisão das classes.
“Quanto mais riquezas a sociedade produz, mais desigual ela fica, pois essas riquezas não são distribuídas de forma igual com o resto da sociedade.”
            Todas as sociedades tem a classe dominante que cuida das riquezas e que domina uma outra parcela das pessoas que produzem essas riquezas, ou seja, os produtores não ficam com o dinheiro. Quando a burguesia começou a produzir, fez algo que até então ninguém tinha feito, que era a dominação da natureza. Isso fazia com que não dependêssemos mais exclusivamente dela para enriquecer ou não, ai ela usa o exemplo das terras, em que antigamente não se usava fertilizantes para ter uma boa colheita, mas sim a terra tinha que ser boa.
            Marx vai falar que o capitalismo começou a desenvolver uma conexão em que agente não depende mais das teorias da natureza, ou seja, toda a explicação de riqueza passou a ser puramente social e por isso ele acha e acredita que é um momento da história potencialmente revolucionário, pois antigamente as pessoas brigavam por recursos naturais e quando começamos a dominar a natureza, o resultado foi que não precisamos mais depender da natureza, podemos criar as causas sociais. Ou seja, sistema de produção comum a todos.
            Ai é retratado um pouco sobre como a burguesia conseguiu ficar tão rica em tão pouco tempo e como houve uma divisão tão alta entre pobres e ricos. Marx dizia que a revolução burguesa foi a única revolução mundial, a revolução industrial foi a única que chegou nos 4 cantos do planeta. Ele mostra que a onde a burguesia foi chegando, foi destruindo todas as outras formas de relação social que não estava relacionada ao capitalismo.
A relação precisava agora ser contratual, racional e precisava ter liberdade que não comprometa.
            Marx começa a mostrar que a principal característica do capitalismo é a propriedade privada dos meios de produção, sendo que são elas que vão definir os conceitos de estrutura.
            Propriedade privada dos meios de produção à Maquinas que substituíam o trabalho mecânico das pessoas, além de ser mais barata, produzia muito mais, em muito menos tempo. Exemplo dos copos que antes, sem as maquinas, homens sopravam o vidro pra fazer o formato de copo que sempre ficava desigual e depois com as maquinas era tudo padronizado e mais rápido, impossibilitando o artesão de sobreviver. Os meios de produção são aquilo que a sociedade utiliza para produzir. Os socialistas dizem que os meios de produção não podem ser privados porque esses meios dão necessários para uma sociedade sobreviver do trabalho e o meio de produção não podem ser privados.
Lembrar que a propriedade ao quais os socialistas fazem referencia não são as casas das pessoas e sim ao meio de produção privado, ou seja, a forma como as pessoas utilizam as suas habilidades para sobreviver.
          Os comunistas dizem: “Nós comunistas, temos sido censurados por querer abolir a propriedade pessoalmente adquirida, fruto do trabalho adquirido”. Eles dizem também que quem aboliu a propriedade do trabalho não foram os comunistas, mas os próprios capitalistas.
            Marx fala que junto com essa mudança estrutural da sociedade, vem a superestrutura, sendo que ele não fala somente de superestrutura no capitalismo. Para ele, superestrutura é algo que tem em todos os meios de produção, em que todos os sistemas de produção mudam as relações sociais, por isso ele fala de estrutura e superestrutura, porque para ele as relações de estrutura determinam as relações de superestrutura. Ou seja, são as relações de produção que determinam as relações sociais.          Ela cita sobre as relações com as igrejas, protestantismo e catolicismo em que o tempo livre do católico era para se encontrar com Deus quando ele não estava fazendo nada, já o protestante se joga no mundo. A disputa entre Weber e Marx é que para Marx a estrutura quando alteramos a forma de produzir, alteramos também a religião e a filosofia.
            Onde esta a força da burguesia?
            A força esta no Estado. Para Marx o Estado nada mais é do que a organização política que sustenta esse sistema, ou seja, a força do burguês está na política, à força do burguês esta no Estado. Em 1848 os operários trabalhavam, por dia, cerca de 16 horas e as primeiras greves foram para se ter jornada de 10 horas por dia e o Estado reagia por meio da violência. Então, para Marx, o Estado é aquele que sustenta este sistema.
            No Brasil, o escravo era tratado cerca de 4 vezes melhor do que o operário da Inglaterra, pois se ele ficasse doente e não pudesse trabalhar, quem perdia com isso era o dono das terras, agora na Inglaterra, se o operário ficasse doente, era só demiti-lo e contratar outro operário. Naquela época, o trabalhador não consumia, isso é moderno, naquela época ele trabalhava só para ter um lugar para ficar e ter o que comer para não morrer de fome.
            Ai ela fala sobre a produção de tecidos na China, em que lá, os artesãos produziam menos e a mão, e com a entrada de tecidos importados, que eram em muito maior quantidade e muito mais baratos, o povo chinês começou a sofrer, tanto que teve de ser proibida a entrada desses produtos importados. 
É o Estado que garante o mercado, e a burguesia.
A força da burguesia esta no Estado.
             Uma outra coisa que a burguesia criou foi a relação de família diferente das que existiam nas sociedades, porque a burguesia acabou com o papel social da mulher. Na época em que havia a separação de trabalho entre homens e mulheres (mulheres cuidando das tarefas de casa e os homens cuidando da caça e das guerras como citado na 1ª folha), em que um dependia do outro para sobreviver, e quando o capitalista interfere nesse ritmo, a mulher, que antes não tinha muita importante para a sociedade, passa a ter menos importância ainda para o burguês, pois ela depende totalmente dele para tudo. A mulher do burguês fica em casa e ela nem trabalha, nem com os trabalhos domésticos que ela teria que fazer anteriormente.
             Uma das propostas do comunismo era recuperar, na mulher, seu processo de produção. Eles diziam, em 1848, que: “nós comunistas queremos produzir a comunidade das mulheres”. Para o burguês a mulher nada mais era do que o instrumento de reprodução.
             Ai ela dá o exemplo em que antigamente os burgueses, para que os operários tivessem o emprego, mandavam que a filha ou esposa ou até mesmo a mulher que fosse atrás do emprego, passasse na sala dele (do burguês) para “acertar” os termos para admissão no novo trabalho, ou seja, ele as chamava simplesmente porque para ele, elas representavam um mero objeto sexual. E os comunistas tentam mudar essa imagem da mulher.
A crítica que os comunistas estavam fazendo naquela época não era somente as propriedades privadas, mas a forma de vida como um todo. E eles vão dizer ainda que o modo de vida em que eles vivem é tão perverso que não é permitido que ninguém chegue a onde eles chegam.
             A estrutura do Marx determina esses meios de produção. Ele fala que se a força desse sistema esta no Estado, para destruí-lo então, deve-se conquistar o Estado. (Ditadura do proletariado) Em que você vai conquistar o Estado, onde esta a força da burguesia e a partir do que ele tem da burguesia vai ser socializado os meios de produção, para permitir que todas as pessoas sobrevivam por meio do trabalho.
            O que o Marx vai dizer é que ao mesmo tempo em que a sociedade produziu essa riqueza tão monstruosa quanto ela produziu, ela também produziu uma pobreza que nunca havia sido produzida na história.
            Ai ela fala como funcionava na época para os trabalhadores, em que eles moravam bem próximos as fabricas, em casas alugadas e que ficava uma família inteira em um cômodo só, em que todo mundo ficava no mesmo espaço e não tinha banheiro... ou seja, condições desumanas de moradia e abuso nas horas de trabalho (16 horas p/dia).
O Objetivo do capitalismo é o Lucro.
                As pessoas que ficavam doentes não recebiam, sendo que quando a mulher paria, tinha que voltar para trabalhar 2 ou 3 dias depois com a criança, que ficava chorando ao seu lado por ter fome. E aqueles que denunciavam isso, ficaram com a imagem de “comedores de criancinha”.
                Os nobres eram a classe que exploravam os burgueses. A classe opressora era a nobreza, pois ela explorava o trabalho do dinheiro do burguês, só que Marx vai falar que esse burguês antes de fazer a revolução foi enriquecendo e foi se tornando a classe dominante.            
Nunca existiu uma revolução do proletariado. As revoluções socialistas que existiram foram feitas por camponeses agrários.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente! É importante o seu comentário para que possamos melhorar a qualidade do blog e assim fazer com que seja algo mais completo!