quinta-feira, 28 de junho de 2012

Revisão para Prova Final de Sociologia


                     Revisão para Prova Final de Sociologia
1º Bimestre
Texto Histórico do Surgimento da Sociologia
A Sociologia surge principalmente no contexto da Revolução Industrial, e quando falamos em Rev. Industrial, falamos na 1ª que ocorreu, que foi o surgimento da maquina a vapor.
Em uma sociedade na qual até então predominava as relações feudais, ou seja, as pessoas viviam em função da terra, de repente surge uma pessoa (James Watt) que criou a máquina a vapor e começou a colocar em funcionamento essa máquina, trazendo uma série de benefícios a forma de produção de tecido nas industrias têxtis. Resumindo, aquilo que se fazia de uma forma muito mais artesanal, passou a ser feita com a máquina, e é o que vemos atualmente com o aproveitamento melhor do material e do tempo.
A Rev. Ind. vai trazer um conflito básico, no decorrer da instauração social, entre a burguesia e o proletariado, porque esse operário não tinha aprendizado, ele, antes, era basicamente aquela pessoa que morava nas aldeias, nos feudos, trabalhando no sistema feudal, era o artesão, que dai passa a ser o operário dessas fabricas, e ao ser operário ele sofre o conflito básico de uma situação, de um fato.
Então temos o operário como o homem, a mulher e até mesmo a criança. A jornada de trabalho é de 12 a 16 horas, e isso traz uma série de problemas sociais, pois embora houvesse o desenvolvimento, crescia em uma medida muito maior a desigualdade, onde só alguns ficavam mais ricos e outros as maiorias ficavam mais pobres.
Os primeiros pensadores idealizavam exatamente isso: A sociedade realmente está passando por um processo de industrialização. Augusto Comte foi um dos primeiros a pensar nessa questão de: “poxa realmente está acontecendo o processo de industrialização, sendo que esta é a grande alavanca do progresso, sendo que só existe progresso se existir essa industrialização, mas ele também acreditava que essa situação tinha que ser, até certo ponto, resolvida. Então, ele é uma das primeiras pessoas que vai pensar nessas questões sociais, por isso ele é considerado o pai da sociologia.
Comte vai criar o Positivismo, e o cria porque ao mesmo tempo estava acontecendo à revolução francesa, sendo que o seu ideal era a igualdade, a liberdade e a fraternidade. Logicamente que os primeiros revolucionários não deixaram suas riquezas. Eles queriam na verdade derrubar a monarquia e conseguiram, se firmando como burgueses, como republicanos. Então esse ideário é que vai fazer/ alimentar basicamente os positivistas.
A Lei dos 3 Estados (estado teológico, metafísico e finalmente o positivo – estado da ciência). Ele acreditava que todos os problemas que estavam acontecendo, teriam de ser resolvidos pela ciência, não só em uma cidade ou em um país, mas no mundo todo.
Comte vai influenciar uma série de pensadores que virão após ele, exatamente para que a sociologia tivesse o seu lugar. Aqui é outro momento, outra ideia, que faz esse contexto dentro da sociologia, sendo o método científico (lembrar de Descartes que foi um dos primeiros pensadores com base na razão, ele era racionalista, sendo que é a razão que comanda tudo e Francis Bacon.), sendo que por trás disso tudo se tem a expansão do capitalismo em nível mundial, pois é o capitalismo que comanda tudo. Pensando em termos históricos, Marx surge mais ou menos nesse período, que vai pensar na realidade social.
Karl Marx
             Marx intendia a realidade e estava preocupado em intender o modo de produção capitalista, ele dizia que existem relações materiais de produção que são a base de qualquer sociedade. Existem essas relações materiais de produção porque o homem vai viver e vai precisar produzir os meios necessários para a sua sobrevivência, então se ele precisa produzir seus meios necessários para a sobrevivência, ele vai ver ter que se apropriar da natureza, estabelecendo uma relação com a natureza e estabelece uma relação entre o processo produtivo. Com tudo isso, vai dar na relação da estrutura social que a estrutura entre burguesia e proletariado, porque o burguês tem a propriedade dos meios de produção e o operário é dono da sua força de trabalho. O Burguês e o operário estabelecem relações complementares, ou seja, um precisa do outro, sendo essa a base do sistema capitalista, ou seja, uma base dicotômica. De uma olhada na figura abaixo:                                                     

            Para se entender a realidade social, temos que partir do método materialista histórico, por que materialista? Por que histórico? Ele é materialista porque ele parte exatamente do que é material, não sendo nada espiritual. O Homem para viver precisa produzir os bens necessários para a sua sobrevivência, ele precisa retirar da natureza a matéria prima para produzir. Ele precisa transformar isso dai, sendo isso a base da sociedade, mas a sociedade não vive só da base, ela precisa dessa superestrutura, então, existe essa ligação direta entre a base e a estrutura, pois são as Leis, as Normas, o Estado a ideologia que vai fazer com que essa produção tenha realmente a sua força, tenha o seu sentido e logicamente ai aparece outro conceito básico que é a Mais Valia, porque o conceito de capitalismo só sobrevive porque a burguesia a todo momento ela acumula capital, não só do lucro que ela obtém na fábrica, mas acumula capital a partir da Mais Valia. A Mais Valia seria o não pagamento do trabalho.
Durkheim
            Ele é positivista, ou seja, ele tem aquele raciocínio bem linear (é isso e pronto). No Marx, você vai filosofando, vendo essa questão da ideologia, da estrutura, que é basicamente dialética. Aqui não, sendo um raciocínio bem linear. Seu objeto de estudo na sociologia são os Fatos Sociais, ou seja, são todas as maneiras de eu pensar, de agir, de sentir, de fazer etc. sendo tudo isso fato social, resumidamente, fato social é tudo aquilo que é o nosso cotidiano. Ele considera os fatos sociais como coisas (coisa é tudo isso que se encontra em nossa realidade). Os Fatos Sociais fazem parte do nosso cotidiano porque nós enquanto pessoas, quanto indivíduos, nós, desde o momento em que nascemos, estamos atrelados a essa sociedade.
            Então a sociedade exerce sobre os indivíduos um poder muito grande. Vemos que a sociedade como indivíduo. Esses fatos sociais acontecem na sociedade, e acontecem porque eles tem algumas características básicas que fazem com que as coisas aconteçam dessa forma.
As Características dos fatos sociais:
1 – Coercitividade: Maneiras de pensar, de agir, de sentir e fazer que são coercitivas à A Vestimenta por exemplo, em que você vai a uma festa e você chega de bermuda... Percebe-se ai que você esta totalmente fora dos padrões, pois pressupõem-se que você deveria estar trajado em uma calça jeans, social... Pode-se concluir então que a vestimenta é sim um Fato Social. Você não sai na rua pelado, porque você vai ser preso etc. É instintivo, não precisando de plaquinhas para te lembrar o que pode ou não ser feito ou o que deve ou não ser feito, temos isso desde que nascemos, quando dizemos bom dia, boa tarde, boa noite, é uma norma de convivência.
2 – Exterioridade: Em que esses fatos sociais são exteriores a nós, mas no momento em que a gente olha e vê que existe determinadas coisas, agente exterioriza isso.
3 – Generalidade: São gerados para a grande maioria da população. Todo mundo diria que a média da população aceita isso, vivendo segundo esses padrões.
            Se alguém vai estudar um fato social, tem que colocar de lado às pré-noções, ou seja, colocar de lado os pré-julgamentos que nós temos. Aqui entra em um positivismo em que se você vai fazer uma ciência, você vai fazer uma ciência que você colocará de lado os seus subjetivismos.
Durkheim pensava que se você vai estudar os fatos sociais, você vai estudar as coisas que estão fora de “mim”. Se estão fora de “mim” eu vou colocar de lado as minhas pré-noções, os meus pré-julgamentos, falando como ele é e não como eu gostaria que ele fosse (essa seria a primeira regrinha – afastar sistematicamente as pré-noções).
Depois disso, entramos na questão da solidariedade, podendo ela ser mecânica ou orgânica. Ele partia do princípio que para se viver na sociedade, dever-se-ia sempre viver estabelecendo laços sociais, nos relacionando com outras pessoas. A Solidariedade não é no sentido de caridade/ solidário com os outros, mas sim no sentido de laços sociais, de relações sociais.
Solidariedade Mecânica: A causatoriedade típica das sociedades simples. Sendo os clãs, por exemplo, em que se predominam as relações pessoais e que as pessoas são muito unidas (todos fazem um pouco de tudo).
Solidariedade Orgânica: Quando a sociedade passou por toda essa revolução industrial, entrando efetivamente no capitalismo, pode-se perceber uma divisão ramificada do trabalho em que cada um faz uma determinada coisa especifica, ou seja, representamos um papel em que um precisa do outro.
Isso estabelece o que ele chamava de coesão social. Então as sociedades se mantém coesas na medida em que essa solidariedade se faz presente. Ai ele vai usar essa solidariedade para explicar os diferentes tipos de suicido (egoísta, altruísta, fatalista e anômico).
Suicídio Altruísta à Que existe uma sociedade com alto índice de solidariedade, então existe uma coesão muito grande entre os grupos. Então o individuo ao pertencer a um determinado grupo ele se sente muito coeso naquele grupo. Então se acontece alguma coisa, da parte dele, que venha bater de frente com esse grupo, ele se sente praticamente fora do grupo. Então ele não que magoar ninguém do grupo, preferindo suicidar-se a ter que enfrentar esse grupo. Japoneses na 2ª Guerra Mundial, em que eles se usavam de kamikazes para chegar com a vitória. Para eles isso era tão importante que eles não se importavam em cometer o suicídio.
Suicídio Egoísta à Ao contrário do Altruísta, a pessoa não se sente participando do grupo. Ela acha que não merece o grupo e que o grupo não a merece, por isso o egoísmo. Nesse caso ele diz que era possível perceber esse egoísmo em muitos casos, como por exemplo em mulheres viúvas que não tinham mais interesse, achavam que eram autossuficientes e não precisavam de mais ninguém
Fora da visão da solidariedade:
            Suicídio Anômico (em questão das normas): Anômia significa a falta de regras, a falta de normas. Então veja a normatização da sociedade. Sociedade para viver, é uma sociedade normatizada, ou seja, vive em função das normas, sendo que essas normas, segundo Durkheim são coercitivas. Chegou uma hora em que a sociedade passou por uma crise financeira e econômica muito grande, e que isso levou a uma desorganização social, em que as pessoas não encontram uma luz no fim do túnel. Então essa anomia vai ser SEMPRE fruto de CRISES, principalmente econômicas e financeiras. Ex.: Crise de 29...
            Suicídio Fatalista: Ao contrário do anômico, onde a sociedade não passa por crise nenhuma, sendo a mesmice de sempre. Então ai no fatalismo, muitas pessoas não veem uma luz no fim do túnel porque é sempre monótono, não havendo mudanças, uma vida tediosa e sem graça, ficando sempre naquela mesmice. Não havendo mudanças.
Weber
            O Objeto de estudo dele é a Ação Social, ou seja, uma ação contada com a outra pessoa, por isso uma ação social. Ele falava de a Ação Social e de Relação Social. Para entendermos isso, devemos saber que para existir uma ação social, ela tem que ter um sentido, tem que ter um motivo dessa ação. Sem motivo ela não acontece.
            O motivo é individual, cada pessoa vai colocar um motivo na ação. O Exemplo que ele dá é clássico: Os Ciclistas. Em que Dois Ciclistas que estão na ciclovia. Vai acontecer uma ação social quando um desviar do outro. Se acontecer o choque entre os dois, ele vai dizer que isso não é uma ação social, mas se um dos dois pensar em desviar/ tomar uma medida para esse choque acontecer, ai sim acontece essa ação social. Então, percebe-se que há um sentido, e se há esse sentido, trabalha-se com as probabilidades, em que eu tenho o meu motivo (que o outro não bata em mim), não sendo certo que vá sair como o planejado (por isso as probabilidades).
            Vai existir uma relação social quando há uma partilha desse sentido da ação. Quando as duas pessoas partilham esse sentido. Então veja, quando essa probabilidade, essa expectativa elas estão praticamente embutidas nesse sentido. Você espera que a outra pessoa entenda esse sentido, e se ele for compreendido, você vai partilhar desse mesmo sentido, então acontece uma relação social.
            A Relação Social pode ser positiva ou negativa. Positiva no sentido de que combinou-se/ houve entrosamento entre os dois sentidos, ou seja, as expectativas fecharam. Por exemplo: Quando o professor dá uma aula, ele conta com a probabilidade do entendimento dos alunos, só que ele não tem certeza se isso vai ou não acontecer. Ele espera que isso aconteça. Se acontecer a mesma coisa da parte dos alunos, ou seja, eles realmente entenderem, foi compartilhado o mesmo sentido. Então pode-se dizer que realmente aconteceu uma relação social, ou seja, foi e voltou.
            Segundo Durkheim, às vezes, essa volta não acontece exatamente como nós esperávamos, mas nem por isso deixou de se existir uma relação social. Como aconteceu no Caso da Ana e do Beto, em que ele a convida varias vezes para sair, para jantar e ela gentilmente recusou o pedido. Então ele compreendeu que ela não estava afim dele, mas nem por isso deixou de existir uma relação social.
            Ele fala dos 4 tipos de Relação Social:
·         Ação Social Racional com Relações Afins à Nessa ação, você coloca o sentido, o motivo que é racional, ou seja, você pensou naquilo enquanto pessoa, por exemplo: Se formar no curso de Direito em 5 anos.
·         Ação Social Racional com Relações a Valores à Valor é a Justiça, a Paz, a Bondade, a Honestidade etc. que existem na realidade social e que nós ao acreditarmos nesses valores, nós colocamos um sentido para isso e vamos agir de acordo com essa crença em que temos nesses valores, não se deixando levar por jeitinho etc.
·         Tradicional à Fruto das Tradições, dos Costumes existentes na sociedade. Exemplo: Batismo, hasteamento de bandeira etc.
·         Afetiva à Não é tradicional de jeito nenhum, às vezes faz até uma interface com relação a valores, como raiva, ódio etc. agindo de forma irracional.
Ele criou esses 4 tipos de relação e as denominou de ideais ou puros, em que na teoria eles dizem que são basicamente assim, só que na prática pode haver a mistura de um com o outro.Como a troca de ano em que há a mistura entre a Relação tradicional e a Ação Social Racional com Relações a Valores. O tipo ideal seria uma caracterização daquilo que realmente acontece na sociedade.
Em Ciências Políticas foi estudado que Dominação, para Weber, nada mais é do que o uso do poder, só que quando nós falávamos da dominação em Weber, a sociologia não traz o mesmo sentido da Dominação nas Ciências Políticas, que seria a Dominação pelo Estado.
É dito que essa dominação perpassa qualquer tipo de relação social. Desde que haja relação Social, existe o domínio de uns sobre os outros. Então a dominação é sinônimo de poder. Por exemplo uma relação de Marido e Mulher. Hoje felizmente existe a luta pela igualdade, mas que no início do século passado era uma luta que não teria cabimento.
Ele criou tipos ideais de Dominação:
1)      A Dominação Legal à Ou seja, o uso de Normas. Ele diz que o tipo ideal ou puro dessa dominação é a burocracia, ou seja uma papelada sem fim. O sentido que Weber tinha dado na época era que a burocracia agilizava tudo, em que tudo era mais rápido. Atualmente, não é bem assim. O Domínio não esta numa pessoa e sim em uma empresa. E temos que seguir as normas impostas pelas empresas.
2)       A Dominação Tradicional/ Patriarcal à É a dominação típica dos patriarcas, como por exemplo no filme do poderoso chefão, em que toda a família segui a ordem de seu patriarca, de seu chefe, ou seja, ele domina, ele tem uma força maior do que as outras pessoas sobre aquelas pessoas.
3)      A Dominação Carismática à O Carisma é um dogma natural, em que a pessoa já nasce com aquilo. Por exemplo o Lula.
2º Bimestre
Capitulo 4 – Ortiz
Diferença entre globalização e Mundialização.
*Globalização: ainda é um fenômeno em construção, um fenômeno emergente, mas está em conclusão, sendo um processo que ainda tem muito o que melhorar.
É uma forma mais avançada e complexa da internacionalização (refere-se ao aumento da expressão geográfica das atividades econômicas através das fronteiras nacionais), implicando um certo grau de integração funcional entre as atividades econômicas dispersas.
Aplica-se a produção, distribuição e consumo de bens e serviços organizados a partir de uma estratégia mundial e voltados para um mercado mundial (ex.: empresas multinacionais e transnacionais).
*Mundialização: É um Conjunto de valores, estilos, formas de pensar que se entende a uma diversidade de grupos sociais em termos mundiais.
A globalização se refere a processos muito mais econômicos e a mundialização refere-se a conduta.
Logo depois disso ela vai contar a fabula de Enzenberger (alemão que vai para china, só que lá não há nada que ele conheça, quando volta, ele passa por Hong-Kong com o voo de conexão e lá se sente em casa, pois encontra coisas de seu cotidiano, coisas que ele já conhece e está habituado, ex.: McDonald’s)
Por essa fábula é explicado o tema da desterritorialização, ou seja, os “não lugares” que são espaços onde as pessoas não se sintam perdidas, espaços esvaziados de seus conteúdos particulares (conteúdos particulares são, por exemplo: cidades pequenas com culturas, lojas etc. próprios). Resumidamente, pode-se dizer que são lugares onde todas as pessoas podem se sentir em casa, são lugares carregados de significados indenitários, onde qualquer um reconhece o local mesmo não sendo de natureza daquele lugar.
O que ele tenta mostrar neste texto é que mesmo que viajemos para diferentes lugares, lá, terão as mesmas coisas que temos aqui, os aeroportos serão parecidos, os shoppings serão parecidos, os mercados, ou seja, tudo será parecido com a realidade daqueles que não são de natureza do lugar de onde estão agora, de onde viemos e de onde estamos.
Desterritorialização para a professora:
à Presença de objetos mundializados nos não lugares.
à Tendência em detectar a mundialização por meio de seus sinais exteriores.
Para os antropólogos, a cultura, antes, era intendida mais no aspecto introspectivo, quer dizer uma coisa que vai fazer parte. Por exemplo, uma crença que é uma coisa interiorizada e quando vamos mundializar a cultura, não iremos intender ela nos aspectos subjetivos, mas sim nos aspectos exteriores.
è Sinais de desterritorialização da cultura
1º) Movimento de deslocalização da produção (ou seja, peças produzidas em Cuba, China, Brasil, Madagascar, EUA, México e tudo é juntado em Taiwan por exemplo. Um ótimo exemplar para explicar isso são as montadoras de automóveis). Essa deslocalização exprime o espirito de uma época. 
*Concorrência empresarial internacional.                                  Origem: Flexibilidade das tecnologias.
            └> O grande Ás do capitalismo.
2º)  Formação de uma cultura internacional-popular cujo fulcro é o mercado consumidor.
*Esse tipo de cultura caracteriza uma sociedade global de consumo
* Universo da publicação.
 É internacional no sentido que perpassa vários países, e é popular por se ter uma identidade muito grande com o tipo de consumo.
Caso 1 – Propaganda da Marlboro
- encadeamento de imagens.
O que a publicidade faz: reúne determinados símbolos e referências culturais que são reconhecidos mundialmente, tentando provocar no homem a virilidade, ou seja, a publicidade tenta explorar os valores da humanidade.
Caso 2 – Cookies “Lu”
Privilegiar a referencia cultural.
Caso 3 – Vinho e Queijos Francês
Ressemantização dos significados de western americano nos cinemas
è Imagens
Western Jeans – Levi Strauss.

3º) Mundialização da Cultura X Cultura Nacional
          /                                                   └>Formadora de relações identitárias, uma memória  coletiva  
Comum em todos os lugares                Integra das pessoas (consumo) por se sentirem mais coesas. Seu papel é definir a identidade de um grupo.
Ortiz – “Nos encontramos diante de uma memória coletiva internacional cultural”.
                                                                                                  
Pontos a serem demostrados:                                          Publicidade: Elabora o desejo do consumidor.
·         Ligação entre consumo e memória nacional, se entrelaçando.
·         Consumo ao se mundializar, confirma um tipo de relação identitária especifica.

Memória internacional popular como sendo um sistema de comunicação, porque algumas referencias culturais são estabelecidas por meio da conivência das pessoas, e para explicar isso ele dá o exemplo dos jovens do mundo todo que chegam em uma determinada idade e eles começam a gostar de Rock, passando a ser o tipo de musica internacional.
Pode-se concluir que essa memória internacional popular é um meio de comunicação.
Ela fala sobre a Eurodisney (passado e presente) como conjunto de citações das lembranças estocadas em nossa memória internacional popular
                                                                                                  Mito (barthers)*
                                 Quando visitamos a Disney, nos deparamos com o castelo, com o Mickey, com os sete anões, ou seja, nos deparamos com imagens de nossa infância. Dessa forma, significa que já tivemos um contato prévio e faz com que não tenhamos surpresas. E é por não termos surpresas que nos sentimos bem ao chegar nesse tipo de lugar.
                         Quando vamos para a Disney, ela cita algo sobre ter ideias no sentido de passado e presente. Ela diz que existe uma fusão entre passado e presente, pois o fenômeno de desterritorialização nos causa isso, misturando os dois e formando o presente.
“Memória é o sistema de trocas de informação, por isso nos deparamos com um mundo/lugar conhecido.”
                         Mito(de barthers) se faz em quanto uma narrativa, basicamente, nos daria uma ilusão que aquilo que queremos é sempre o máximo e vivemos para realizar esses nossos desejos.
                         Os Não-Lugares são espaços semi-idealizados onde a ordem se instaura em sua plenitude, nos ajudando a percorrer esses espaços de não passagem, ou seja, seria uma referencia a supostos espaços “desconhecidos”.
Especificidade (características) da memória internacional popular:
·         Tem dimensão planetária; (porque é internacional, estando presente no mundo todo)
·         Reforça o mito da “grande família dos homens”; (senso comum, em todos os lugares o homem nasce, brinca quando criança, trabalha quando adulto, descansa quando idoso e morre tanto no Brasil quanto no Japão...)
·         Esta postura universal é basicamente explorada pela publicidade e pelas empresas transnacionais;
·         Necessidades básicas do homem são idênticas em qualquer lugar do mundo, tendo também costumes universais. (o cotidiano das pessoas se nivelaria exatamente as exigências universais que possuem).
A dimensão Global supera o Aspecto Nacional, Exemplo:
·         Disneylândia à Nasceu na Califórnia em 1950 e buscava basicamente retratar a ideologia nacionalista do mundismo. Nessa época estava acontecendo à guerra fria, então os EUA buscava valorizar os seus aspectos nacionais. E a criação desses personagens só vinha a valorizar cada vez mais esses aspectos.
·         EPICOT à foi inaugurada em 1982 em Orlando na Flórida com a proposta de juntar os interesses da empresa Disney com os interesses das empresas transnacionais.
Entramos ai no mundo das lembranças mundializadas.
Percebe-se então que a mídia tem o papel fundamental para a mundialização e construção da memória internacional popular.
Na concepção de Ortiz, consome-se não pela marca, mas sim pelo referencial popular/cultural.
Capitulo 5 - Ianni
Do Ianni, referente a globalização. Quando o próprio fala sobre a desterritorialização, trata-se do mesmo sentido que Ortiz fala, ou seja, que a desterritorialização é um desenraizamento de tudo, pois nada cria raiz, e se não cria raiz, há a possibilidade realmente de você aceitar o que é internacional como sendo ou mais perfeito, como sendo o único que existe em detrimento daquilo que é nacional. Não é que haja um aniquilamento da cultura ou dos produtos nacionais, não há um aniquilamento, não é como se aquilo que vem de fora destrói tudo, há sim, uma convivência pacífica.
Com o vídeo passado em sala onde Milton Santos dá varias colocações e junto com Saramago entende-se que quem dá a ultima palavra disso tudo são os grandes organismos financeiros internacionais. Aquilo que é nacional, falando-se em termos de Estado- nação, hoje, perdeu muito sua força. Não foi aniquilada, mas sim houve uma valorização ao extremo do que era nacional, então houve ai a valorização do Estado-Nação. Hoje, com essa globalização que o Milton Santos falou, temos praticamente três mundos:
·         O Mundo como nos fazem ver (essa globalização como uma fábula – sendo que temos a ideia em que vivemos realmente em um mundo global, sendo que todos estamos juntos um ao lado do outro);
·         O Mundo como ele é (a globalização como perplexidade – é aí que vemos a força desses grandes organismos internacionais);
Existe uma perversidade que é mostrada no vídeo de forma bem clara, onde Milton Santos fala que acabam não tendo a responsabilidade social e rural, elas simplesmente se instala e vai produzir, conquistar aquele mercado sem nenhuma responsabilidade sendo que se amanha ou depois aquele mercado não for de seu interesse, sai daqui e abre uma outra empresa em outro local. Então essa globalização está impondo um fato de perversidade, e ela se impõem exatamente porque é permitido o fato da desterritorialização.  No momento em que o nacional vai perdendo a sua força, é lógico que o internacional vai ganhando terreno. O contraponto que é mostrado no vídeo é quanto aos movimentos sociais.
Há uma certa evolução sincronizada, e que esses movimentos mostram para nós que estaria havendo uma evolução, por mais que essa globalização tenha sua perversidade, existem flechas/lanças no sentido de mostrar uma possível globalização que ele chamou de A Globalização com perplexidade, ou seja, essa globalização com perplexidade percebe exatamente esses lances, então existem lances de renovação. Os Elãnsrenovadores, que é uma globalização que de repente nos deixa perplexos em função do positivo e do negativo em que o negativo nos deixa cada vez mais essa escravização, essa perversidade, mas de repente você vê a periferia se movimentando, com os cineastas fazendo vídeos retratando a realidade.
·         O Mundo como pode ser (seria uma outra globalização)
O ideário chinês ficou a deriva em função do desenvolvimento econômico, mas não se pode negar o quanto à china investiu em cultura, em educação, em pesquisa. Essa parte dá para fazer um “link” com o que o Ianni fala no texto na pagina 96, em que as ciências sociais são levadas também a esse movimento de globalização ou de internacionalização. Ele fala que temos que produzir conhecimentos, novas pesquisas, porque aí nós iriamos estar trazendo a tona os chamamos intelectuais orgânicos do cosmopolitismo, estaríamos formando, estaríamos vendo a importância de uma mão de obra de pessoas formadas para atuar nessas empresas multinacionais, transnacionais e publicas, mas com outra visão.
Os intelectuais orgânicos seriam uma das expressões mais avançadas e exacerbadas da desterritorialização, porque seriam intelectuais que tem conhecimento dessa realidade global e que não necessariamente são brasileiros, americanos, franceses etc., mas sim intelectuais do cosmopolitismo.
O que o Ianni tenta fazer é discorrer sobre a sociedade global, em que essa sociedade sendo fruto de todo esse processo de globalização com seus dilemas e perspectivas, fechando essa ideai com a ideia de Milton Santos. Onde ele vai sugerir essa outra forma de globalização, é exatamente essa sociedade global com outras perspectivas.
O Ianni diz que essa desterritorialização tem uma série de consequências, ex.: O processo de desterritorialização tem acentuado e generalizado condições da solidão. Dai ele vem para os dois lados, por que solidão? Individuos, Famílias, Grupos, Classes e outros segmentos sociais perdem-se no desconcerto do mundo não só tem escasso acesso a informações aos fatos, mas ao mesmo tempo são bombardeados com mensagens, recados, interpretações distantes, dispares e alheias, ou seja, o processo de desterritorialização tem acentuado essa solidão, sendo que uma imensa parcela da população não tem acesso à informação/internet. (Isso é falado nas paginas 121 e 122)
Na pagina 92 e 93 ele retrata sobre os grandes organismos financeiros internacionais presentes nesse processo de globalização mostrados no documentário. A proposta final de Ianni é que essa desterritorialização estaria lançando a ideia de uma sociedade global nessa fase que estamos passando na história que é a modernidade. O terceiro tipo como ele chama:
·         O mundo como ele pode ser - seria uma outra globalização, em que a proposta dele é pensar nos valores que são impostos realmente. Pensando nas teorias do consumismo, na ideia do consumismo sustentável. Ou seja, uma globalização ideal, e ele mostra isso quando ele dá o conceito de democracia, em que na verdade, não é uma democracia real. E que os cidadãos fossem livres para pensar e etc.
Ser cidadão no mundo hoje é ter a liberdade de expressão, para tudo. O que o Milton Santos colocava como proposta final deste texto era: “por uma outra ética” que consiste na ética dos que nada tem, uma ética dos desesperados e uma ética da mudança.
            Vídeo do Milton Santos
            O vídeo retrata basicamente de tudo o que foi visto até agora, ou seja, o mundo tal como ele é, em que existe a falta de informações e que as riquezas não estão sendo distribuídas de forma igualitária, mas sim, estão sendo concentradas nas mãos de poucos.
            É mostrado também, as diversas realidades existentes no planeta, em que em alguns lugares pessoas morrem de fome, como é o caso da África, mas em contradição, há alguns países, como é o caso da Europa, em que as pessoas recebem para não produzirem mais comida, pois já esta sobrando e com a sobra de comida, o preço evidentemente cai.
            Um dos pontos principais do vídeo é a tentativa de privatização da água. Isso gerou muita revolta e acarretou em uma “megagreve”, ou seja, pessoas lutaram para que a água, que é um patrimônio da humanidade, não fosse privatizada, é mostrado pessoas indignadas com o governo, pessoas chamando os governadores de ladrões etc.
            É mostrado também que onde há a mão de obra barata, as empresários se aproveitam e exploram seus trabalhadores, pagando uma miséria por cada peça de roupa produzida, é mostrado que roupas que custam cerca de 120 dólares nas lojas, são pagos aos seus funcionários cerca de 0,80 centavos de dólares nas empresas.
            Outro ponto principal do vídeo é a parte da produção de peças de aparelhos eletrônicos, em que atualmente, não se é mais produzido um produto inteiro em um país só. Atualmente, para se fazer um avião, as diversas peças que o compõem são produzidas no Japão, na Europa, na África e também no Brasil (os países são mera ilustração – citação aleatória minha). Percebe-se hoje que nada mais esta preso a um lugar somente.
Ele cita 3 tipos de mundo:
O mundo como nos fazem vê-lo à A globalização como uma fábula.
O mundo tal como ele é à A globalização como perversidade
O mundo como ele pode ser à Uma outra globalização
Concluindo, o que o filme vai mostrar em grande medida é o mundo tal como ele é, ou seja, um mundo frio, desonesto, em que as pessoas são injustiçadas e morrem todos os dias e mesmo assim os governos não se preocupam nem um pouco com isso.
Capitulo 2 - Jeitinho
            Ela começa o capitulo falando da dificuldade do antropólogo em transformar o Jeitinho em objeto de estudo. Ao falar isso, ela diz que ao entrevistar as pessoas, muitas delas diziam: “nossa, eu nunca tinha pensado nisso antes”, então isso mostra que as pessoas já haviam passado por esse tipo de situação, mas nunca tinha dado a devida atenção. Concluiu então que isso é algo que todo mundo faz, mas não percebe.
            Na pagina 32, ela define o que é Jeitinho.
            Os vários exemplos de Jeitinho:
·         Malandragem
·         Quebra galho
·         Ginga
O Jeitinho é uma forma especial de resolver um problema, ou situação difícil, ou problema, ou uma solução criativa para alguma emergência, seja sobre alguma forma que bule alguma regra, seja sobre a forma de conciliação, de esperteza ou de habilidade.

Aqui é mostrado o Jeitinho como tendo um aspecto positivo e negativo. No negativo ele esta muito mais ligado à corrupção e no positivo ele é a favor. O que caracteriza a passagem de um para outro é o contexto em que a situação ocorre.
Favor implica em reciprocidade (toma lá da cá, o exemplo usado pela professora foi direcionado ao José. Como ele estava participando da aula, ela o dispensou da próxima), já o jeitinho não implica necessariamente em reciprocidade (só que amanhã ou depois, essa pessoa nem vai mais ser encontrada). Resumindo, o favor implica em uma sequencia em que um vai ajudando o outro, já o jeitinho é aquele em que depois de ter acontecido, morre o assunto.
            Lívia faz a seguinte distinção entre Jeitinho e favor:


                Os argumentos contra são de deponho ético e moral. Só que quase todos usam o jeitinho.
                O Jeitinho tem domínio na parte burocrática.  O jeito, ao lançar mão de categorias emocionais, estabelece um espaço pessoal no domínio do impessoal, por exemplo, você vai no Órgão Público e você precisa ser consultado, se você fizer amizade com o secretário, ele pode te colocar na fila da prioridade. É possível dar-se um jeito em qualquer situação que envolva vida familiar, sexual, financeira etc. mas também há situações que não há jeito, como a morte, acidentes etc.
                Idiomas do Jeitinho:
·         O Sexo das pessoas, sendo que as mulheres tem mais facilidades.
·         Modo de falar, sendo humilde, simpático e/ou cordial. Por isso se a pessoa for arrogante, nada conseguirá.
·         Status onde a pessoa é arrogante e se mostra superior as outras.
Técnicas do Jeitinho
Envolver emocionalmente no seu problema a pessoa quem se depende no momento, apelando para os bons sentimentos.
                Passar a responsabilidade para terceiros, bons exemplos: minha avó morreu, meu cachorro comeu o meu trabalho etc.
Personagens típicos do Jeitinho:
·         O malandro, que é aquele que não tem projeto de vida, totalmente individualizado, vive do improviso e situa-se entre o honesto e o marginal. Não tem uma vida centrada e segue o ritmo “deixa a vida me levar”.
 Personagens típicos:
è Zé carioca
è Serginho malandro (aiyeyeah)
è Macunaíma etc.

Capitulo 4
Drama social à é quando você passa por uma situação conflitiva.
Segundo Roberto da Matta um problemas básicos da sociedade brasileira é o conflito constante das categorias (hierarquia). Isso nos leva a dois dramas. Sendo que o drama nos leva a transformação.
O jeitinho chama a ideia de igualdade, em que na própria sociedade quando as pessoas se encontram em um mesmo patamar, elas se ajudam, não havendo conotação de se colocar de forma diferenciada dos outros.
Posição social que determina a estrutura.
            Ele faz uma diferenciação entre indivíduo e pessoa. Quando se fala em indivíduo, é a grande categoria trabalhada na sociologia, sendo que eles sofre a coerção da sociedade, formam a sociedade com as características.
            Quando se fala em pessoa, ela fala no sentido da hierarquização, como foi apresentado no trabalho “a casa e a rua”.
            Os atributos dos indivíduos são a igualdade e a liberdade e a pessoa seria a hierarquia e a personalização.
Segundo Lívia, o “Você sabe com quem esta falando?” expressa uma relação hierárquica ao passo que o Jeitinho estaria mais para o nosso lado cordial.
Na pagina 90 do livro ela diz que essa ideia de “individuo” é pertinente as sociedades modernas, então fala-se alguém que busca uma transformação na sociedade, de mostrar o seu lugar nela, mas sempre ligado a ética das normas, das leis, das regras dessa sociedade.
E o personagem do tipo “pessoa” já vive mais do modo de hierarquização, como as castas que seriam um ótimo exemplo de forma de hierarquização.
Olhe a tabela na folha a seguir, isso ajudara mais.
Comparação entre “Você sabe com quem esta falando?” e “Quem você pensa que é?”. (p. 76)
A Lívia Barbosa diz que entende a sociedade brasileira como sendo uma sociedade na qual existe uma relativização muito grande dos valores, não tendo uma posição fixa e determinada. E isso é totalmente diferente como nos EUA, pois lá não há uma possibilidade de escolha, o sistema se encontra em torno de um único eixo ideológico, ou seja, postura igualitária e individualista e quase sempre a posição englobadora, caso alguém tente se afastar dessa “linha/diretriz” será advertido com um “Who do you think you are?”, que é o oposto do nosso. Lá nos EUA não é admitido que alguém se coloque em uma posição superior.
Concluindo, Tudo isso reconduz a pessoa a seu lugar de individuo junto aos demais, o que é bem diferente da nossa situação com o “Você sabe com quem esta falando?”.















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