Direito e História –
Aula 04
Parte 1 – Conclusão do
Texto 1
As quatro Instituições Atenienses da esfera de
administração e da legislação:
1ª) Ekklêsia
2ª) Conselho de Boulê
3ª) Comissão dos Prítanes
4ª) Estrategos
Os atenienses não tinham o que temos hoje (os três
poderes), na verdade, o que eles tinham era um conjunto de poderes e volta e
meia um governante poderia atrair para si a competência para legislar, para
administrar e vez ou outra até mesmo para julgar. E isso soa muito estranho,
pois estamos acostumados, nesses últimos 300 anos, a só ter a visão de um
grande teórico do século 18 chamado de Montesquieu, que nos deixou muito claro
a ideia de que os poderes são dependentes e harmônicos entre si (legislativo,
judiciário e executivo).
1ª) Ekklêsia à Também é
denominada por alguns autores de assembleia e integravam esses órgãos
aproximadamente 6 mil cidadãos. O tribunal de heliaia também estava composto
por aproximadamente 6 mil cidadãos. O que divide a Ekklêsia do Tribunal de
Heliaia é sobre tudo a perspectiva de que esses 6 mil cidadãos efetivamente
participavam das políticas públicas, lá no Tribunal de Heliaia não porque eram
feitos sorteios para ver quem iria participar.
Eles tinham a tarefa de administrar e a tarefa de
legislar, então não era só o governante, ou seja, aquele sujeito que esta no
poder que tinha o poder de gerir as políticas públicas, volta e meia a própria
lei estabelecia a necessidade do crivo de qualquer política pública promovida
pelo governante, para que dessa forma fosse feita uma filtragem nesse órgão
para poder validar a nova lei.
A Ekklêsia era o órgão que tinha o papel de conjugar ali,
todo o corpo legislativo e administrativo ao mesmo tempo, mas não é qualquer
matéria ou proposição de lei que chegava ao conhecimento da Ekklêsia. Era
necessário que se criasse outras instituições para justamente fazer o que na
nomenclatura deles era citado como joeirar, ou seja, peneirar.
2ª) Conselho de Boulê seria o responsável por essa
peneiragem de dados, sua função era filtrar/ fazer um exame prévio daquilo que
poderia ser alvo de debate junto a Ekklêsia. Esse Conselho de Boulê também era
conhecido pelo nome: Conselho dos 500.
Esses 500 vinham de uma divisão que existia em Atenas,
das tribos, em que era dividida em 10 tribos e que destas saiam/ eram
escolhidas 50 pessoas de cada tribo. Isso se fazia também por eleição/ sorteio.
Os lideres das tribos se reuniam, e de todos eles 50 eram sorteados.
Eles ia filtrar o que seria útil para a Ekklêsia debater.
Entre os 500, 50 deles seriam escolhidos para ser prítanes, ou seja, eles
teriam o ato de presidir. Desses 50, é claro que não eram todos que iriam atuar
como presidentes, no dia-a-dia se fazia um sorteio entre esses 50, sorteando um
prítane para atuar como presidente no Conselho de Boulê e um outro prítane para
atuar como presidente na Ekklêsia.
O mandato dos prítanes era de um ano, mas o cargo de
presidência entre os prítanes era de apenas um dia e passados 25 dias depois de
ter sido eleito, podia-se participar de novo do sorteio.
Lembrando que esses 500 não tem nada a ver com os 6 mil
escolhidos citados anteriormente, eles são totalmente independentes. Mas os 50
boleutérios ai sim tem tudo a ver com os 500 do Conselho de Boulê.
O ato de presidir naquele dia fazia com que o prítane
mudasse a sua nomenclatura, passando a ser chamado de Epistates, no tribunal de
heliaia os sorteados passavam de heliastas para dikastas.
Assim como hoje, no passado os povos se preocupavam em
dar um suporte logístico e hierárquico a qualquer instituição superior, para
dar o suporte logístico a Ekklêsia, criou-se o Conselho de Boulê, para dar o
suporte logístico ao Conselho de Boulê se criou o Pritaneu, ou seja a comissão
dos Prítanes, sempre sendo assim em qualquer momento da história no mundo todo.
4ª) Estrategos – Esse é um cargo mais de administração.
Existiu um sujeito primeiro em Esparta e depois em Atenas que ganhou o título
de estratego-mor, ou seja, o maior detentor dos doze boleutérios.
Péricles foi considerado o maior entre todos os
Estrategos.
O Estratego na verdade, era o sujeito que havia sido
convocado para gerir as políticas públicas como governante, mas ele não era o
cara que efetivamente administrava toda a polis só com a sua atividades, sendo
as vezes necessário dividir em circunscrições judiciárias, circunscrições
territoriais a atividade do Estratego.
Era mais ou menos a ideia que temos hoje de presidente,
pois ele comandava todos os demais, sendo que esse Péricles foi conduzido e
reconduzido diversas vezes para exercer essa função de Estratego-mor, mais
especificamente 15 anos seguidos.
Péricles era tão bom estrategista que quando ia haver
guerras ele já armazenava comida para alguns anos, e fazia diversas coisas,
sempre deixando tudo o de melhor tanto internamente quanto externamente para a
população.
DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS
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