Direito e História – Aula 06
Magistraturas e Romanas
è Patrícias
ð Censor
ð Questor
ð Consul
ð Pretor
ð Edil
Curul
è Plebeias
ð Tributos
da Plebe
ð Tributo
Consular
ð Edilidade
de Plebeus
Patrícios
Roma
estava dividida em castas, como toda as sociedades da antiguidade, isso perdura
até hoje, porém não é de uma forma tão formal como antigamente, a divisão de
instituições criadas só para atender e tutelar os interesses dos patrícios e
dos plebeus causavam muito conflito naquela época, pois um atendia a só
conflitos de uma casta superior e outro só de uma casta inferior.
O
primeiro cargo de um patrício era a do censor, que se assemelha muito ao
conceito que temos hoje de censo, de censura. Quando falamos em censo, nós
sabemos que desde a constituição de 34 lá do Getúlio Vargas conseguiu imputir
que deveria se ter uma pesquisa a cada 10 anos para que dessa forma sempre
houvesse um novo calculo da nossa população, entre outras coisas.
O
Censor tinha uma série de
questionamentos, e o pater família tinha a obrigação de responder todos esses
dados para que os dados ficassem sempre atualizados. A censura era algo muito
comum, no período da república o censor poderia impor uma sanção sobre o pater
família e isso teria reflexo até mesmo aos entes, sendo que isso era uma
política de estado e essa sanção era muito mais grave. Esse questionário que o
pater família deveria responder chamava-se de nótula censória.
Era
escrito em um papiro e as respostas deveriam ficar no meio do papiro, essas
respostas no meio do papiro eram chamado de “caput” (que significa a parte
central, a parte neural), hoje em dia caput quer dizer a cabeça de um
dispositivo legal. O nome dado a essas respostas formuladas na nótula censória
era de “tombamento”. Hoje tombamento tem outro significativo, principalmente no
Direito Administrativo, em que se transforma algo que era particular para o
patrimônio público. Se fosse descoberto que haviam irregularidades nesse
“caput”, toda a família sofreria uma sanção chamada “capitis deminutio”, ou seja,
a capacidade diminuída, onde a urbe romana empunhava nessas pessoas que
omitiram as informações, e este perderia a capacidade de fazer algumas coisas
na sociedade.
Questor
fazia o cadastro de tributos, os plebeus odiavam esses questores pois quando
eles vinham com aqueles tributos, os plebeus teriam que pagar, e para eles,
isso era um terror.
Consul
existia antes da república se implementar. Consul antes tinha a perspectiva de
consulta, onde até mesmo reis pediam o auxílio para construir pareceres para que
uma política fosse implementada. Acontece que no período do finzinho da realeza,
um cara chamado Tarquínio Soberbo foi tirado do poder por dois cônsules (Brutos e Colatino) e eles
não sabiam dar um nome para aqueles que agora estariam no poder, então decidiram
permanecer com o nome de cônsules mor, onde um mês um mandava e no outro mês
mandava-se outro.
Existia
o “intercéssio” que significava a possibilidade que tinha de um cônsules mor
interceder no seu antecessor quando ele assumisse o cargo como cônsules mor, só
que com o tempo foi-se percebendo que isso foi uma péssima ideia, e esse
intercéssio durou cerca de apenas 50 anos. Pois ficava difícil toda vez se
criar uma lei em um mês, e no outro mês chega uma outra pessoa e revoga a lei.
Não
confunda “Consul” no período da pré república e no período pós república. No
período da república, o consule era o próprio ente publico que detinha o poder
de administrar a urbe romana, onde se era um ou outro, e na época posterior da
república ele agia na perspectiva que nós temos hoje, de órgão consultivo
apenas.
Pretor
era aquele cargo jurisdicional por excelência, ele detinha a jurisdição e a sua
função era a solução de conflitos.
Edil Curul
– edil, sozinho, é uma palavra que tem vários significados, começou como um
poder de polícia, e com o passar do tempo à palavra edil foi ganhando novos
significados. Nesse sentido, pode-se dizer que edil era uma milícia que
tutelava todos os demais magistrados patrícios, essa força policial foi criada
com o guarnecimento da tutela, da proteção física a todos os magistrados, mas
só as patrícias evidentemente. Curul era uma cadeira muito frondosa,
espetacular, para que os magistrados tivessem assento, eram feitas de marfim de
elefantes etc, sendo que milhares desses animais foram assassinados para que
essas cadeiras existissem. Então edil curul era aquele em que os patrícios
sempre deveriam estar protegendo esses magistrados, em que ficavam duas
pessoas, um do lado direito e outra do lado esquerdo – de pé – para que sempre
tutelassem esse magistrado, por isso ganharam essa denominação (tipo um
segurança pessoal nos dias atuais).
Plebeus
Na
lei das 12 tabuas era previsto que deveria se criar leis para tutelar o
interesse dos plebeus.
O
Tribunal da Plebe foi criada pelos
patrícios. E essa instituição deveria ser ocupada por dez integrantes, sendo
que os eleitos deveriam deixar as portas de suas casas 24 horas abertas, para
que qualquer plebeu pudesse entrar em sua casa, a qualquer hora para que ele
pudesse postular qualquer direito, não que você fosse resolver o problema dele.
Só
existiam 10 tribunos da plebe, que tinham o poder direto de alterar até mesmo
na vida dos patrícios, pois aquilo que foi dito anteriormente, por esse
tribuno, poderia ser revogado. Só que só existiam 10 para quase dois milhões de
plebeus. A quantidade de pessoas que entrava na casa dessas pessoas eram
absurdas, e aos poucos esse numero de tribunos foi caindo, porque ninguém
queria exercer essa função, mesmo tendo tanto poder assim.
Até
era uma boa lei, mas foi uma lei que acabou não pegando, porque realmente era
inviável para 10 plebeus administrar toda essa estrutura. O que aconteceu na
verdade é que os patrícios enganaram os plebeus com o argumento de ter dado
muito mais poder a eles.
Os
Plebeus então criaram o Tributo Consular,
e essa fazia mais ou menos o que fazia 2 instituição de atenas, que eram a
Ekklesia e o Conselho da Boulê. Esse Tribuno Consular ia fazer exatamente isso
para evitar a sobre carga que havia acontecido no tribuno da plebe. A palavra
ouvidor surge nesse tempo, pois ele seria uma espécie de filtro para que
somente os casos que realmente merecessem atenção seguissem adiante.
Edilidade de Plebeus
assim como existiu uma força policial para os patrícios (Curul), os plebeus
também criaram uma forma de proteção para os magistrados plebeus. Todos eles
poderiam e usavam togas (hoje somente juízes a usam), e isso os diferenciavam
na sociedade, pois quando a toga era vista, todos ficavam sabendo que eles eram
nada menos que magistrados.
A
função mais bacana desse edil plebeu era de guardar o templo chamado de templo
de ceres (ceres era a deusa da agricultura) e nesse templo deveria ser
protegido por esses edis plebeus, porque havia uma espécie de arbitrariedade
efetiva em que os patrícios tentavam rapinar os documentos privados dos plebeus
para que estes não tivessem como pedir para exercer os seus direitos.
Então
esses documentos eram guardados nesses locais e só eram retirados para ir nos
fóruns, e para ir para lá, eu pegaria esses documentos deixado nesse templo e
iria acompanhado pelos edis da plebe até o fórum para que não fosse roubado o
documento.
Antiguidade Tardia
└>Século
III a século VIII depois de Cristo
·
Proto
feudalização à “Patrocinium”
·
“viri ilustri”
·
“viri sancti”
Os
historiadores franceses denominam esse período como o período proto feudal, o
período tardo antigo, em que essa nomenclatura não vem dos historiadores
brasileiros. Alguns dizem que se chama de alta idade média, mas isso não
poderia ser, porque para ser a alta idade média nós temos que lembrar de uma
relação de fidelidade existente entre duas instituições – suserano e vassalo –
logo seria o período de feudalização, e nesse período essa relação sequer
existia, o que existia eram alguns homens, chamado de ilustres, que
efetivamente deram tutela a um campo campesino, onde havia ai uma troca de
favores.
No
ano de 476 d.C. houve a queda do império romano do ocidente, onde o ultimo dos
imperadores (Romulo Augusto – menino de 11 anos) foi deposto por um bárbaro
chamado de Odoacro, e a partir dai assume o poder, sendo que todos os outros
imperadores foram pagãos. Os patrícios começaram a fugir, a abandonar seus
patrimônios e foram para Constantinopla no império do Oriente, em eles não
queriam conviver com os bárbaros.
Alguns
patrícios ficaram com os seus patrimônios e foram chamados pelos plebeus de
homens ilustres, porque eles “não tiveram receio de enfrentar os bárbaros”, mas
eles estavam sendo ludibriados, pois na verdade eles fizeram um congluio com os
bárbaros para evitar a perda de suas terras. Em verdade, eles enriqueceram
muito mais a partir do advento das invasões barbaras.
Eles
fizeram uma negociação com os bárbaros onde eles dariam uma espécie de pseudo
proteção para o povo campesino contra a invasão dos bárbaros, mas em troca esse
povo campesino deveria lhe oferecer uma parcela de seu patrimônio, e o preço
era estabelecido e uma pequena parcela do que esses homens ilustres recebiam
dos plebeus ele repassava para os bárbaros, dessa forma eles ganhavam tanto de
um lado quanto de outro.
Na
verdade o que aconteceu foi que os camponeses foram ludibriados, os bárbaros
tinham uma fama de guerreiros agressivos, mas na verdade eles não invadiram com
tamanha agressividade, mas sabendo da fama dos bárbaros os homens ilustres
foram mentindo que precisavam de cada vez mais para saciar as “vontades do povo
bárbaro”.
Os
únicos que perdiam com isso eram os camponeses, pois as outras duas partes
ganhavam somente, e foi disso que viria a dar a origem ao que foi denominado
mais tarde de feudalismo, só que isso que foi citado até agora NÃO é o
feudalismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente! É importante o seu comentário para que possamos melhorar a qualidade do blog e assim fazer com que seja algo mais completo!